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terça-feira, 4 de agosto de 2015

Lógica de Argumentação

 Questões sobre Lógica de Argumentação

Questão 1: FUNIVERSA/2012 - Concurso PC-DF Perito Criminal – Odontologia

Pergunta: Cinco amigos encontraram-se em um bar e, depois de algumas horas de muita conversa, dividiram igualmente a conta, a qual fora de, exatos, R$ 200,00, já com a gorjeta incluída. Como se encontravam ligeiramente alterados pelo álcool ingerido, ocorreu uma dificuldade no fechamento da conta. Depois que todos julgaram ter contribuído com sua parte na despesa, o total colocado sobre a mesa era de R$ 160,00, apenas, formados por uma nota de R$ 100,00, uma de R$ 20,00 e quatro de R$ 10,00. Seguiram-se, então, as seguintes declarações, todas verdadeiras: Antônio: — Basílio pagou. Eu vi quando ele pagou. Danton: — Carlos também pagou, mas do Basílio não sei dizer. Eduardo: — Só sei que alguém pagou com quatro notas de R$ 10,00. Basílio: — Aquela nota de R$ 100,00 ali foi o Antônio quem colocou, eu vi quando ele pegou seus R$ 60,00 de troco. Carlos: — Sim, e nos R$ 60,00 que ele retirou, estava a nota de R$ 50,00 que o Eduardo colocou na mesa. Imediatamente após essas falas, o garçom, que ouvira atentamente o que fora dito e conhecia todos do grupo, dirigiu-se exatamente àquele que ainda não havia contribuído para a despesa e disse: O senhor pretende usar seu cartão e ficar com o troco em espécie? Com base nas informações do texto, o garçom fez a pergunta a:
a) Antônio
b) Basílio
c) Carlos
d) Danton
e) Eduardo

Questão 2: ESAF/2012 - Concurso Auditor Fiscal da Receita Federal

Pergunta: Caso ou compro uma bicicleta. Viajo ou não caso. Vou morar em Pasárgada ou não compro uma bicicleta. Ora, não vou morar em Pasárgada. Assim,
a) não viajo e caso.
b) viajo e caso.
c) não vou morar em Pasárgada e não viajo.
d) compro uma bicicleta e não viajo.
e) compro uma bicicleta e viajo.

Questão 3: Vunesp 2012 - Concurso TJM-SP Analista de Sistemas

Pergunta: Se afino as cordas, então o instrumento soa bem. Se o instrumento soa bem, então toco muito bem. Ou não toco muito bem ou sonho acordado. Afirmo ser verdadeira a frase: não sonho acordado. Dessa forma, conclui-se que
a) sonho dormindo.
b) o instrumento afinado não soa bem.
c) as cordas não foram afinadas.
d) mesmo afinado o instrumento não soa bem.
e) toco bem acordado e dormindo.

Questão 4: Cesgranrio/2012 - Concurso Petrobrás – Técnico de Exploração de Petróleo Júnior – Informática

Pergunta: O turista perdeu o voo ou a agência de viagens se enganou. Se o turista perdeu o voo, então a agência de viagens não se enganou. Se a agência de viagens não se enganou, então o turista não foi para o hotel. Se o turista não foi para o hotel, então o avião atrasou. Se o turista não perdeu o voo, então foi para o hotel. O avião não atrasou. Logo,
a) o turista foi para o hotel e a agência de viagens se enganou.
b) o turista perdeu o voo e a agência de viagens se enganou.
c) o turista perdeu o voo e a agência de viagens não se enganou.
d) o turista não foi para o hotel e não perdeu o voo.
e) o turista não foi para o hotel e perdeu o voo.

Questão 5: FCC/2012 - Concurso TJ/RJ para Analista Judiciário/Análise de Sistemas

Pergunta: Considere a seguinte análise, feita por um comentarista esportivo durante um torneio de futebol. Se o Brasil vencer ou empatar o jogo contra o Equador, então estará classificado para a semifinal, independentemente de outros resultados. Classificando-se para a semifinal, a equipe brasileira vai enfrentar o Uruguai. De acordo com essa análise, conclui-se que se o Brasil
a) não enfrentar o Uruguai, necessariamente terá perdido o jogo para o Equador.
b) não se classificar para a semifinal, terá necessariamente empatado o jogo com o Equador.
c) enfrentar o Uruguai, necessariamente terá vencido ou empatado seu jogo contra o Equador.
d) perder seu jogo contra o Equador, necessariamente não se classificará para a semifinal.
e) se classificar para a semifinal, então necessariamente não terá sido derrotado pelo Equador.

Questão 6: FCC/2012 - TCE – SP Agente de Fiscalização Financeira – Administração

Pergunta: Se a tinta é de boa qualidade então a pintura melhora a aparência do ambiente. Se o pintor é um bom pintor até usando tinta ruim a aparência do ambiente melhora. O ambiente foi pintado. A aparência do ambiente melhorou. Então, a partir dessas afirmações, é verdade que:
a) O pintor era um bom pintor ou a tinta era de boa qualidade.
b) O pintor era um bom pintor e a tinta era ruim.
c) A tinta não era de boa qualidade.
d) A tinta era de boa qualidade e o pintor não era bom pintor.
e) Bons pintores não usam tinta ruim.

Questão 7: FCC/2012 - Concurso TCE- AP Técnico de Controle Externo

Pergunta: O responsável por um ambulatório médico afirmou: “Todo paciente é atendido com certeza, a menos que tenha chegado atrasado.” De acordo com essa afirmação, conclui-se que, necessariamente,
a) nenhum paciente terá chegado atrasado se todos tiverem sido atendidos.
b) nenhum paciente será atendido se todos tiverem chegado atrasados.
c) se um paciente não for atendido, então ele terá chegado atrasado.
d) se um paciente chegar atrasado, então ele não será atendido.
e) se um paciente for atendido, então ele não terá chegado atrasado.
Respostas dos Exercícios

Questão 1

O enunciado informa que todas as informações dadas são verdadeiras, portanto:
  • Basílio pagou;
  • Carlos pagou;
  • Antônio pagou com R$ 100,00 reais e retirou da mesa o troco de R$ 60,00 reais. Incluíndo a nota de R$ 50,00 que havia sido dada por Eduardo.
  • Eduardo pagou, portanto sobra danton.

Questão 2

Afirmação: Não vou morar em Parságada. Para ser verdadeiro deve ter pelo menos uma proposição verdadeira.
  • Caso (V) v Compro a Bicicleta (F)
  • Viajo (V) v Não caso (F)
  • Morar em Parságada (F)  v Não compro bicicleta (V)
Conclusão:
-Viajo, Caso e Não compro a bicicleta.

Questão 3

Afirmação: Não sonho acordado. Isso nos leva a pensar na frase: "Ou não toco muito bem ou sonho acordado". Porque se ele não sonha acordado também não toca muito bem.
  • Se o instrumento soa bem, então toco muito bem.
  • Se afino as cordas, então o instrumento soa bem.
  • Ou seja, como já se sabe que ele não toca bem, consequentemente o instrumento não soa bem e as cordas não estão afinadas.

Questão 4

A: o turista perdeu o voo
B: a agência de viagens se enganou
C: o turista foi para o hotel
D: o avião atrasou
Afirmação: O avião não atrasou.
Proposições:
A (Falsa) v B (Verdadeira)
A (Falsa) -->> ~B (Falsa)
~B  (Falsa) -->>  ~C (Falsa)
~C (Falsa)  -->>  D (Falsa)
~A (Verdadeira)  -->>  C (Verdadeira)
 ~D (Verdadeira)
  • O avião não se atrasou, portanto o turista foi para o hotel.
  • A agência de viagens se enganou, ou seja o turista foi para o hotel.
Resposta certa: O turista foi para o hotel e a agência de viagens se enganou.

Questão 5

A: Vencer o jogo contra o Equador
B: Empatar o jogo
C: Ir para a semifinal
D: Enfrentar o Uruguai
  • Não se fala na questão que se o Brasil perder ele não vai para a semifinal;
  • A letra B está incorreta porque o fato de empatar o Equador classifica o Brasil.
  • A letra C está errada porque o termo necessariamente generaliza a informação;
  • A questão D também está incorreta porque o Brasil pode perder o jogo e mesmo assim se classificar;
  • A classificação pode acontecer de 3 formas: ganhando, perdendo ou empatando fazendo com a questão e fique incorreta.

Questão 6

Premissas:
  • Tinta boa: pintura melhora a aparência;
  • Pintor bom: pintura melhora a aparência;
  • Sabendo que o ambiente foi pintado e aparência melhorou. Mas, o ambiente pode ter sido melhorado por outros motivos;
  • A pintura só pode melhorar a aprência se usar tinta boa ou se for um pintor bom.

Questão 7

Com a afirmação dada no exercício pode-se concluir que:
-Se você chegar na hora será sempre atendido;
-Se chegar atrasado talvez possa ser atendido, ou seja, chegar atrasado não é sinônimo de chegar atrasado.
Gabarito das QuestõesResposta Certa
Questão 1Letra D
Questão 2Letra B
Questão 3Letra C
Questão 4Letra A
Questão 5Letra A
Questão 6Letra A
Questão 7Letra C

Conectivos Lógicos

Questões sobre Conectivos Lógicos

Questão 1: Esaf/2012 - Concurso Auditor Fiscal da Receita Federal

Pergunta: A afirmação " A menina tem olhos azuis ou o menino é loiro" tem como sentença logicamente equivalente:
a) se o menino é loiro, então a menina tem olhos azuis.
b) se a menina tem olhos azuis, então o menino é loiro.
c) se a menina não tem olhos azuis, então o menino é loiro.
d) não é verdade que se a menina tem olhos azuis, então o menino é loiro.
e) Não é verdade que se o menino é loiro, então a menina tem olhos azuis.

Questão 2: CESPE/2011 - Concurso Polícia Civil do Espírito Santo (ES)

Pergunta: A negação da proposição F4 é logicamente equivalente à proposição "Não havia um caixa eletrônico em frente ao banco ou o dinheiro não foi entregue a mulher de Gavião".
a) Certo
b) Errado

Questão 3: CESPE/2012 - Concurso TRE do Rio de Janeiro

Pergunta: Se as proposições "Eu não registrei minha candidatura dentro do prazo" e Não poderei concorrer a nenhum cargo nessas eleições" forem falsas, também será falsa a proposição P, independentemente do valor lógico da proposição "Eu serei barrado pela lei da ficha limpa".
a) Certo
b) Errado

Questão 4: CESGRANRIO/2012 - Concurso Chesf

Pergunta: Se hoje for uma segunda ou uma quarta-feira, Pedro rerá aula de futebol ou natação. Quando Pedro tem aula de futebol ou natação, Jane o leva até a escolinha esportiva. Ao levar pedro até a escolhinha, Jane deixa de fazer o almoço e, se Jane não faz o almoço, Carlos não almoça em casa. Considerando-se a sequência de implicações lógicas acima apresentadas textualmente, se Carlos almoçou em casa hoje, então hoje:
a) É terça, ou quinta ou sexta-feira, ou Jane não fez o almoço.
b) Pedro não teve aula de natação e não é segunda-feira.
c) Carlos levou Pedro até a escolinha para Jane fazer o almoço.
d) Não é segunda, nem quartas, mas Pedro teve aula de apenas uma das modalidades esportivas.
e) Não é segunda, Pedro não teve aulas, e Jane não fez o almoço.

Questão 5: IADES/2010 - Concurso Conselho Federal de Administração

Pergunta: É necessário que Beatriz durma para que Sérgio fique feliz. Quando Beatriz dorme, então Romério faz uma visita. É necessário e suficiente que Romério faça uma visita para que Amélia descanse. Logo, quando Sérgio fica feliz, então:
a) Amélia descansa e Beatriz dorme.
b) Amélia não descansa ou Beatriz não dorme
c) Beatriz não dorme e Romério faz uma visita.
d) Beatriz não dorme e Romério não faz uma visita.

Questão 6: FCC/2011 - Concurso TRT 1º Região

Pergunta: Há dois casais (marido e mulher) dentre Carolina, ébora, Gabriel e Marcos. A respeito do estado brasileiro (E) e da região do Brasil (R) que cada uma dessas quatro pessoas nasceu, sabe-se que:
- Carolina nasceu na mesma R que seu marido, mas E diferente;
- Gabriel nasceu no Rio de Janeiro, esua esposa na região Nordeste do Brasil;
- Os pais de Marcos nasceram no Rio Grande do Sul, mas ele nasceu em outra R;
- Débora nasceu no mesmo E que Marcos.
É correto afirmar que:
a) Marcos nasceu na mesma R que Gabriel.
b) Carolina e Débora nasceram na mesma R.
c) Gabriel é marido de Carolina.
d) Marcos não é baiano.

Questão 7: FCC/2010 - Concurso TRT 8º região

Pergunta: Se Alceu tira férias, então Brenda fica trabalhando. Se Brenda fica trabalhando, então CLóvis chega mais tarde do trabalho. Se Clóvis chega mais tarde ao trabalho, então Dalva falta ao trabalho. Sabendo-se que Dalva não faltou ao trabalho, é correto concluir que:
a) Alceu não tira férias e Clóvis chega mais tarde ao trabalho.
b) Brenda não fica trabalhando e Clóvis chega mais tarde ao trabalho.
c) Clóvis não chega mais tarde ao trabalho e ALceu não tira férias.
d) Brenda fica trabalhando e Clóvis chega mais tarde ao trabalho.
e) Alceu tira férias e Brenda fica trabalhando.

Questão 8: CESGRANRIO/2010 - Concurso Banco do Brasil

Pergunta: Qual a negação da proposição "Algum funcionário da agência P do banco do Brasil tem menos de 20 anos"?
a) Todo funcionário da agência P do Banco do Brasil tem menos de 20 anos.
b) Não existe funcionário da agência P do Banco do Brasil com 20 anos.
c) Algum funcionário da agência P do Banco do Brasil tem menos de 20 anos.
d) Nem todo funcionário da agência P do Banco do Brasil tem menos de 20 anos.
e) Nenhum funcionário da agência P do Banco do Brasil tem menos de 20 anos.

Questão 9: CEPERJ/2012 - Concurso Procon do Rio de Janeiro

Pergunta: Considere a afirmação: "Isabel não almoçou e foi ao dentista."
A negação dessa afirmação é:
a) Isabel almoçou e não foi ao dentista.
b) Isabel almoçou ou não foi ao dentista.
c) Isabel não almoçou e não foi ao dentista.
d) Isabel não almoçou e não foi ao dentista.
e) Isabel foi ao dentista e não almoçou.

Respostas dos Exercícios

Questão 1

    • P é suficiente para Q;
    • Q é necessário para P;
- A menina tem olhos azuis ou o menino é loiro: ~P V Q
- Se a menina não tem olhos azuis, então o menino é loiro: P -->  Q

Questão 2

Para negativar um conectivo lógico representado pelo "ou" é necessário negar as duas proposições separadamente e troca-se o conectivo "ou" pelo "e".
F4: havia um caixa eletrônico em frente ao banco ou o dinheiro foi entregue a mulher de Gavião.
A negação correta é: "Não havia um caixa eletrônico em frente ao banco e o dinheiro não foi entregue à mulher de Gavião."

Questão 3

  • Barrado (falsa)  -->>  Não se candidata (falsa) ^ Não registra  (falsa)  -->>  Não concorre (falsa)
(F --> F) ^ (F-->F); ou seja, V^V
- Sendo falsas as duas proposições a última será verdadeira porque "Se, então" quando fica F-F tem valor verdadeiro.

Questão 4

  • Se hoje for uma segunda ou uma quarta-feira, Pedro terá aula de natação ou futebol;
  • Quando ele tem aula de futebo  ou natação Jane o leva a escolinha esportiva;
  • Ao levá-lo na escolinha ela deixa de fazer o almoço;
  • Se Jane deixa de fazer o almoço, Carlos não almoça em casa.
Nesse exemplo Carlos almoçou em casa e no conectivo "ou" a afirmativa é totalmente falsa quando os dois forem falsos. Se um dos termos for verdadeiro e o outro falso só é possível se os dois forem falsos. Ou seja, para a afirmativa "Carlos almoçou em casa" é necessário que tudo seja falso.
  • S=Segunda e Q=Quarta
  • Pedro aula de natação= PN
  • Pedro aula de futebol=PF
  • SVQ  -->>  PFVPN
  • Carlos almoçou em casa, ou seja, Jane fez o almoço e consequentemente não levou Pedro a escolinha e o menino não teve aula de futebol nem de natação. E não é nem segunda e nem quarta-feira.

Questão 5

  • "Se P, então Q" = "Se Sérgio é feliz, então Beatriz dorme." (Verdadeiro)
  • "Se Q, então R" = "Se Beatriz dorme, então Romério faz uma visita." (Verdadeiro)
  • "S se, e somente se R" = Amélia descansa se, e somente se, Romério faz uma visita." (Verdadeiro)

Questão 6

  • As afirmações I e IV falam que Carolina nasceu no estado diferente de seu marido e Débora nasceu no mesmo estado que Marcos, ou seja:
- Débora é mulher de Gabriel
- Carolina é mulher de Marcos
  • Como Gabriel nasceu no Rio de Janeiro e sua esposa é da região Nordeste, consequentemente Débora é nordestina.
  • Débora nasceu no mesmo estado que Marcos, ou seja, ele também é nordestino.
  • Como há uma proposição afirmando que Carolina nsceu na mesma região que o marido, podemos concluir que ela também é nordestina

Questão 7

Considerando  as proposições A --> B:
A  --> B =  ~B --> ~A
Se a Dalva não falta ao trabalho, então Clóvis chega mais cedo ao dele. Se isso acontece,  Brenda não fica trabalhando. Se ela não trabalha, então Alceu não tira férias.

Questão 8

Trata-se de um exercício de negação. A frase negativa pode ser reescrita de outra maneira usando a palavra "nenhuma" sem utilizar a palavra "não" ficando da seguinte forma:
"Nenhum funcionário da agência P do banco tem menos de 20 anos."

Questão 9

Negação da disjunção inclusiva - "p ou q"
Para que uma proposição com o conectivo " ou" seja considerada negativa é necessário negar as proposições simples e trocar o conectivo pelo "e".
I: Isabel não almoçou  -->>  Negação: Isabel almoçou
II: Foi ao dentista  -->>  Negação: Não foi ao dentista
Resposta: "Isabel almoçou ou não foi ao dentista.
Gabarito das QuestõesResposta Certa
Questão 1Letra C
Questão 2Errada
Questão 3Errada
Questão 4Letra B
Questão 5Letra A
Questão 6Letra B
Questão 7Letra C
Questão 8Letra E
Questão 9Letra B

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Elementos básicos da narrativa

Elementos básicos da narrativa:

Fato - o que se vai narrar (O quê?)
Tempo - quando o fato ocorreu (Quando?)
Lugar - onde o fato se deu (Onde?)
Personagens - quem participou ou observou o ocorrido (Com quem?)
Causa - motivo que determinou a ocorrência (Por quê?)
Modo - como se deu o fato (Como?)
Conseqüências (Geralmente provoca determinado desfecho)
A modalidade narrativa de texto pode constituir-se de diferentes maneiras: piada, peça teatral, crônica, novela, conto, fábula etc.
Uma narrativa pode trazer falas de personagens entremeadas aos acontecimentos, faz-se uso dos chamados discursos: direto, indireto ou indireto livre.
No discurso direto, o narrador transcreve as palavras da própria personagem. Para tanto, recomenda-se o uso de algumas notações gráficas que marquem tais falas: travessão, dois pontos, aspas. Mais modernamente alguns autores não fazem uso desses recursos.
O discurso indireto apresenta as palavras das personagens através do narrador que reproduz uma síntese do que ouviu, podendo suprimir ou modificar o que achar necessário. A estruturação desse discurso não carece de marcações gráficas especiais, uma vez que sempre é o narrador que detém a palavra. Usualmente, a estrutura traz verbo dicendi (elocução) e oração subordinada substantiva com verbo num tempo passado em relação à fala da personagem.
Quanto ao discurso indireto livre, é usado como uma estrutura bastante informal de colocar frases soltas, sem identificação de quem a proferiu, em meio ao texto. Trazem, muitas vezes, um pensamento do personagem ou do narrador, um juízo de valor ou opinião, um questionamento referente a algo mencionado no texto ou algo parecido. Esse tipo de discurso é o mais usado atualmente, sobretudo em crônicas de jornal, histórias infantis e pequenos contos.

NÍVEIS DE LINGUAGEM

NÍVEIS DE LINGUAGEM

A língua é um código de que se serve o homem para elaborar mensagens, para se comunicar.
Existem basicamente duas modalidades de língua, ou seja, duas línguas funcionais:
1) a língua funcional de modalidade culta, língua culta ou língua-padrão, que compreende a língua literária, tem por base a norma culta, forma lingüística utilizada pelo segmento mais culto e influente de uma sociedade. Constitui, em suma, a língua utilizada pelos veículos de comunicação de massa (emissoras de rádio e televisão, jornais, revistas, painéis, anúncios, etc.), cuja função é a de serem aliados da escola, prestando serviço à sociedade, colaborando na educação, e não justamente o contrário;
2) a língua funcional de modalidade popular; língua popular ou língua cotidiana, que apresenta gradações as mais diversas, tem o seu limite na gíria e no calão.
Norma culta:
A norma culta, forma lingüística que todo povo civilizado possui, é a que assegura a unidade da língua nacional. E justamente em nome dessa unidade, tão importante do ponto de vista político-cultural, que é ensinada nas escolas e difundida nas gramáticas.
Sendo mais espontânea e criativa, a língua popular se afigura mais expressiva e dinâmica. Temos, assim, à guisa de exemplificação:
Estou preocupado. (norma culta)
Tô preocupado. (língua popular)
Tô grilado. (gíria, limite da língua popular)
Não basta conhecer apenas uma modalidade de língua; urge conhecer a língua popular, captando-lhe a espontaneidade, expressividade e enorme criatividade, para viver; urge conhecer a língua culta para conviver.
Podemos, agora, definir gramática: é o estudo das normas da língua culta.
O conceito de erro em língua:
Em rigor, ninguém comete erro em língua, exceto nos casos de ortografia. O que normalmente se comete são transgressões da norma culta. De fato, aquele que, num momento íntimo do discurso, diz: "Ninguém deixou ele falar", não comete propriamente erro; na verdade, transgride a norma culta.
Um repórter, ao cometer uma transgressão em sua fala, transgride tanto quanto um indivíduo que comparece a um banquete trajando xortes ou quanto um banhista, numa praia, vestido de fraque e cartola.
Releva considerar, assim, o momento do discurso, que pode ser íntimo, neutro ou solene.
O momento íntimo é o das liberdades da fala. No recesso do lar, na fala entre amigos, parentes, namorados, etc., portanto, são consideradas perfeitamente normais construções do tipo:
Eu não vi ela hoje.
Ninguém deixou ele falar.
Deixe eu ver isso!
Eu te amo, sim, mas não abuse!
Não assisti o filme nem vou assisti-lo.
Sou teu pai, por isso vou perdoá-lo.
Nesse momento, a informalidade prevalece sobre a norma culta, deixando mais livres os interlocutores.
O momento neutro é o do uso da língua-padrão, que é a língua da Nação. Como forma de respeito, tomam-se por base aqui as normas estabelecidas na gramática, ou seja, a norma culta. Assim, aquelas mesmas construções se alteram:
Eu não a vi hoje.
Ninguém o deixou falar.
Deixe-me ver isso!
Eu te amo, sim, mas não abuses!
Não assisti ao filme nem vou assistir a ele.
Sou seu pai, por isso vou perdoar-lhe.
Considera-se momento neutro o utilizado nos veículos de comunicação de massa (rádio, televisão, jornal, revista, etc.). Daí o fato de não se admitirem deslizes ou transgressões da norma culta na pena ou na boca de jornalistas, quando no exercício do trabalho, que deve refletir serviço à causa do ensino, e não o contrário.
O momento solene, acessível a poucos, é o da arte poética, caracterizado por construções de rara beleza.
Vale lembrar, finalmente, que a língua é um costume. Como tal, qualquer transgressão, ou chamado erro, deixa de sê-lo no exato instante em que a maioria absoluta o comete, passando, assim, a constituir fato lingüístico registro de linguagem definitivamente consagrado pelo uso, ainda que não tenha amparo gramatical.
Exemplos:
Olha eu aqui! (Substituiu: Olha-me aqui!)
Vamos nos reunir. (Substituiu: Vamo-nos reunir.)
Não vamos nos dispersar. (Substituiu: Não nos vamos dispersar e Não vamos dispersar-nos.)
Tenho que sair daqui depressinha. (Substituiu: Tenho de sair daqui bem depressa.)
O soldado está a postos. (Substituiu: O soldado está no seu posto.)
Têxtil, que significa rigorosamente que se pode tecer, em virtude do seu significado, não poderia ser adjetivo associado a indústria, já que não existe indústria que se pode tecer. Hoje, porém, temos não só como também o operário têxtil, em vez da indústria de fibra têxtil e do operário da indústria de fibra têxtil.
As formas impeço, despeço e desimpeço, dos verbos impedir, despedir e desimpedir, respectivamente, são exemplos também de transgressões ou "erros" que se tornaram fatos lingüísticos, já que só correm hoje porque a maioria viu tais verbos como derivados de pedir, que tem, início, na sua conjugação, com peço. Tanto bastou para se arcaizarem as formas então legítimas impido, despido e desimpido, que hoje nenhuma pessoa bem-escolarizada tem coragem de usar.
Em vista do exposto, será útil eliminar do vocabulário escolar palavras como corrigir e correto, quando nos referimos a frases. "Corrija estas frases" é uma expressão que deve dar lugar a esta, por exemplo: "Converta estas frases da língua popular para a língua culta".
Uma frase correta não é aquela que se contrapõe a uma frase "errada"; é, na verdade, uma frase elaborada conforme as normas gramaticais; em suma, conforme a norma culta.
Língua escrita e língua falada. Nível de linguagem:
A língua escrita, estática, mais elaborada e menos econômica, não dispõe dos recursos próprios da língua falada.
A acentuação (relevo de sílaba ou sílabas), a entoação (melodia da frase), as pausas (intervalos significativos no decorrer do discurso), além da possibilidade de gestos, olhares, piscadas, etc., fazem da língua falada a modalidade mais expressiva, mais criativa, mais espontânea e natural, estando, por isso mesmo, mais sujeita a transformações e a evoluções.
Nenhuma, porém, se sobrepõe a outra em importância. Nas escolas principalmente, costuma se ensinar a língua falada com base na língua escrita, considerada superior. Decorrem daí as correções, as retificações, as emendas, a que os professores sempre estão atentos.
Ao professor cabe ensinar as duas modalidades, mostrando as características e as vantagens de uma e outra, sem deixar transparecer nenhum caráter de superioridade ou inferioridade, que em verdade inexiste.
Isso não implica dizer que se deve admitir tudo na língua falada. A nenhum povo interessa a multiplicação de línguas. A nenhuma nação convém o surgimento de dialetos, conseqüência natural do enorme distanciamento entre uma modalidade e outra.
A língua escrita é, foi e sempre será mais bem-elaborada que a língua falada, porque é a modalidade que mantém a unidade lingüística de um povo, além de ser a que faz o pensamento atravessar o espaço e o tempo. Nenhuma reflexão, nenhuma análise mais detida será possível sem a língua escrita, cujas transformações, por isso mesmo, se processam lentamente e em número consideravelmente menor, quando cotejada com a modalidade falada.
Importante é fazer o educando perceber que o nível da linguagem, a norma lingüística, deve variar de acordo com a situação em que se desenvolve o discurso.
O ambiente sociocultural determina. O nível da linguagem a ser empregado. O vocabulário, a sintaxe, a pronúncia e até a entoação variam segundo esse nível. Um padre não fala com uma criança como se estivesse dizendo missa, assim como uma criança não fala como um adulto. Um engenheiro não usará um mesmo discurso, ou um mesmo nível de fala, para colegas e para pedreiros, assim como nenhum professor utiliza o mesmo nível de fala no recesso do lar e na sala de aula.
Existem, portanto, vários níveis de linguagem e, entre esses níveis, se destacam em importância o culto e o cotidiano, a que já fizemos referência.
A gíria:
Ao contrário do que muitos pensam, a gíria não constitui um flagelo da linguagem. Quem, um dia, já não usou bacana, dica, cara, chato, cuca, esculacho, estrilar?
O mal maior da gíria reside na sua adoção como forma permanente de comunicação, desencadeando um processo não só de esquecimento, como de desprezo do vocabulário oficial. Usada no momento certo, porém, a gíria é um elemento de linguagem que denota expressividade e revela grande criatividade, desde que, naturalmente, adequada à mensagem, ao meio e ao receptor. Note, porém, que estamos falando em gíria, e não em calão.
Ainda que criativa e expressiva, a gíria só é admitida na língua falada. A língua escrita não a tolera, a não ser na reprodução da fala de determinado meio ou época, com a visível intenção de documentar o fato, ou em casos especiais de comunicação entre amigos, familiares, namorados, etc., caracterizada pela linguagem informal.

SIGNIFICAÇÃO IMPLÍCITA

SIGNIFICAÇÃO IMPLÍCITA

Fiz faculdade, mas aprendi algumas coisas.
A frase transmite duas informações: ele freqüentou um curso superior, aprendeu algumas coisas.
No entanto, essas duas informações transmitem de forma implícita uma crítica ao sistema de ensino vigente. Essa crítica se dá através do uso da preposição mas.
Assim percebemos que um dos aspectos mais intrigantes que pode ser apresentado por um texto é o fato dele dizer aquilo que parece não dizer, ou seja, é a presença de enunciados subentendidos ou pressupostos.
Um leitor é considerado perspicaz quando consegue ler as entrelinhas do texto, isto é, quando capta as mensagens implícitas.
Para não cair na exploração maliciosa de alguns textos que abusam dos aspectos subentendidos ou pressupostos devemos saber que:
Pressupostos são idéias não expressas de maneira explícita, mas que pode ser percebida a partir de certas palavras ou expressões utilizadas.
O tempo continua chuvoso (chove no momento - informação implícita estava chovendo antes)
Pedro deixou de fumar (não fuma no momento - informação implícita fumava antes)
Quanto a utilização de pressupostos devemos saber que eles devem ser sempre verdadeiros ou aceitos como verdadeiros, pois são eles que construirão informações explícitas. Sendo o pressuposto falso, a informação explícita não terá cabimento.
Detectar o pressuposto durante uma leitura é fundamental para a interpretação textual, uma vez que esse recurso argumentativo não é posto em discussão pelo autor do texto, fato que aprisiona o leitor ao pensamento do autor e o leva a defender opiniões contrárias a suas.
Os pressupostos são marcados por:
certos advérbios - Os resultados da pesquisa ainda não chegaram até nós. (Pressuposto - Os resultados já deviam ter chegado ou Os resultados vão chegar mais tarde.)
certos verbos - O caso do contrabando tornou-se público. (Pressuposto - O caso não era público.)
orações adjetivas - Os candidatos a prefeito, que só querem defender seus interesses, não pensam no povo. (Pressuposto - Todos os candidatos a prefeito têm interesses individuais.)
adjetivos - Os partidos radicais acabarão com a democracia no Brasil. (Pressuposto - Existem partidos radicais no Brasil.)
Subentendidos são insinuações escondidas por trás de uma afirmação. (Quando um fumante com o cigarro pergunta: Você tem fogo? Por trás dessa pergunta subentende-se: Acenda-me o cigarro por favor.
Enquanto o pressuposto é um dado apresentado como indiscutível para o falante e o ouvinte, não permitindo contestações; o subentendido é de responsabilidade do ouvinte, uma vez que o falante esconde-se por trás do sentido literal das palavras.
O subentendido pode ser uma maneira encontra pelo falante para transmitir algo sem se comprometer com a informação.

Síntese

3. Síntese:

A síntese de texto é um tipo especial de composição que consiste em reproduzir, em poucas palavras, o que o autor expressou amplamente. Desse modo, só devem ser aproveitadas as idéias essenciais, dispensando-se tudo o que for secundário.
Procedimentos:
  1. Leia atentamente o texto, a fim de conhecer o assunto e assimilar as idéias principais;
  2. Leia novamente o texto, sublinhando as partes mais importantes, ou anotando à parte os pontos que devem ser conservados;
  3. Resuma cada parágrafo separadamente, mantendo a seqüência de idéias do texto original;
  4. Agora, faça seu próprio resumo, unindo os parágrafos, ou fazendo quaisquer adaptações conforme desejar;
  5. Evite copiar partes do texto original. Procure exercitar seu vocabulário. Mantenha, porém, o nível de linguagem do autor;
  6. Não se envolva nem participe do texto. Limite-se a sintetizá-lo.

Perífrase

2. Perífrase:

O povo lusitano foi bastante satirizado por Gil Vicente.
Utilizou-se a expressão "povo lusitano" para substituir "os portugueses". Esse rodeio de palavras que substituiu um nome comum ou próprio chama-se perífrase.
Perífrase é a substituição de um nome comum ou próprio por um expressão que a caracterize. Nada mais é do que um circunlóquio, isto é, um rodeio de palavras.
Outros exemplos: astro rei (Sol) | última flor do Lácio (língua portuguesa) | Cidade-Luz (Paris) Rainha da Borborema (Campina Grande) | Cidade Maravilhosa (Rio de Janeiro).