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quarta-feira, 4 de maio de 2011

Elementos básicos da narrativa

Elementos básicos da narrativa:

Fato - o que se vai narrar (O quê?)
Tempo - quando o fato ocorreu (Quando?)
Lugar - onde o fato se deu (Onde?)
Personagens - quem participou ou observou o ocorrido (Com quem?)
Causa - motivo que determinou a ocorrência (Por quê?)
Modo - como se deu o fato (Como?)
Conseqüências (Geralmente provoca determinado desfecho)
A modalidade narrativa de texto pode constituir-se de diferentes maneiras: piada, peça teatral, crônica, novela, conto, fábula etc.
Uma narrativa pode trazer falas de personagens entremeadas aos acontecimentos, faz-se uso dos chamados discursos: direto, indireto ou indireto livre.
No discurso direto, o narrador transcreve as palavras da própria personagem. Para tanto, recomenda-se o uso de algumas notações gráficas que marquem tais falas: travessão, dois pontos, aspas. Mais modernamente alguns autores não fazem uso desses recursos.
O discurso indireto apresenta as palavras das personagens através do narrador que reproduz uma síntese do que ouviu, podendo suprimir ou modificar o que achar necessário. A estruturação desse discurso não carece de marcações gráficas especiais, uma vez que sempre é o narrador que detém a palavra. Usualmente, a estrutura traz verbo dicendi (elocução) e oração subordinada substantiva com verbo num tempo passado em relação à fala da personagem.
Quanto ao discurso indireto livre, é usado como uma estrutura bastante informal de colocar frases soltas, sem identificação de quem a proferiu, em meio ao texto. Trazem, muitas vezes, um pensamento do personagem ou do narrador, um juízo de valor ou opinião, um questionamento referente a algo mencionado no texto ou algo parecido. Esse tipo de discurso é o mais usado atualmente, sobretudo em crônicas de jornal, histórias infantis e pequenos contos.

NÍVEIS DE LINGUAGEM

NÍVEIS DE LINGUAGEM

A língua é um código de que se serve o homem para elaborar mensagens, para se comunicar.
Existem basicamente duas modalidades de língua, ou seja, duas línguas funcionais:
1) a língua funcional de modalidade culta, língua culta ou língua-padrão, que compreende a língua literária, tem por base a norma culta, forma lingüística utilizada pelo segmento mais culto e influente de uma sociedade. Constitui, em suma, a língua utilizada pelos veículos de comunicação de massa (emissoras de rádio e televisão, jornais, revistas, painéis, anúncios, etc.), cuja função é a de serem aliados da escola, prestando serviço à sociedade, colaborando na educação, e não justamente o contrário;
2) a língua funcional de modalidade popular; língua popular ou língua cotidiana, que apresenta gradações as mais diversas, tem o seu limite na gíria e no calão.
Norma culta:
A norma culta, forma lingüística que todo povo civilizado possui, é a que assegura a unidade da língua nacional. E justamente em nome dessa unidade, tão importante do ponto de vista político-cultural, que é ensinada nas escolas e difundida nas gramáticas.
Sendo mais espontânea e criativa, a língua popular se afigura mais expressiva e dinâmica. Temos, assim, à guisa de exemplificação:
Estou preocupado. (norma culta)
Tô preocupado. (língua popular)
Tô grilado. (gíria, limite da língua popular)
Não basta conhecer apenas uma modalidade de língua; urge conhecer a língua popular, captando-lhe a espontaneidade, expressividade e enorme criatividade, para viver; urge conhecer a língua culta para conviver.
Podemos, agora, definir gramática: é o estudo das normas da língua culta.
O conceito de erro em língua:
Em rigor, ninguém comete erro em língua, exceto nos casos de ortografia. O que normalmente se comete são transgressões da norma culta. De fato, aquele que, num momento íntimo do discurso, diz: "Ninguém deixou ele falar", não comete propriamente erro; na verdade, transgride a norma culta.
Um repórter, ao cometer uma transgressão em sua fala, transgride tanto quanto um indivíduo que comparece a um banquete trajando xortes ou quanto um banhista, numa praia, vestido de fraque e cartola.
Releva considerar, assim, o momento do discurso, que pode ser íntimo, neutro ou solene.
O momento íntimo é o das liberdades da fala. No recesso do lar, na fala entre amigos, parentes, namorados, etc., portanto, são consideradas perfeitamente normais construções do tipo:
Eu não vi ela hoje.
Ninguém deixou ele falar.
Deixe eu ver isso!
Eu te amo, sim, mas não abuse!
Não assisti o filme nem vou assisti-lo.
Sou teu pai, por isso vou perdoá-lo.
Nesse momento, a informalidade prevalece sobre a norma culta, deixando mais livres os interlocutores.
O momento neutro é o do uso da língua-padrão, que é a língua da Nação. Como forma de respeito, tomam-se por base aqui as normas estabelecidas na gramática, ou seja, a norma culta. Assim, aquelas mesmas construções se alteram:
Eu não a vi hoje.
Ninguém o deixou falar.
Deixe-me ver isso!
Eu te amo, sim, mas não abuses!
Não assisti ao filme nem vou assistir a ele.
Sou seu pai, por isso vou perdoar-lhe.
Considera-se momento neutro o utilizado nos veículos de comunicação de massa (rádio, televisão, jornal, revista, etc.). Daí o fato de não se admitirem deslizes ou transgressões da norma culta na pena ou na boca de jornalistas, quando no exercício do trabalho, que deve refletir serviço à causa do ensino, e não o contrário.
O momento solene, acessível a poucos, é o da arte poética, caracterizado por construções de rara beleza.
Vale lembrar, finalmente, que a língua é um costume. Como tal, qualquer transgressão, ou chamado erro, deixa de sê-lo no exato instante em que a maioria absoluta o comete, passando, assim, a constituir fato lingüístico registro de linguagem definitivamente consagrado pelo uso, ainda que não tenha amparo gramatical.
Exemplos:
Olha eu aqui! (Substituiu: Olha-me aqui!)
Vamos nos reunir. (Substituiu: Vamo-nos reunir.)
Não vamos nos dispersar. (Substituiu: Não nos vamos dispersar e Não vamos dispersar-nos.)
Tenho que sair daqui depressinha. (Substituiu: Tenho de sair daqui bem depressa.)
O soldado está a postos. (Substituiu: O soldado está no seu posto.)
Têxtil, que significa rigorosamente que se pode tecer, em virtude do seu significado, não poderia ser adjetivo associado a indústria, já que não existe indústria que se pode tecer. Hoje, porém, temos não só como também o operário têxtil, em vez da indústria de fibra têxtil e do operário da indústria de fibra têxtil.
As formas impeço, despeço e desimpeço, dos verbos impedir, despedir e desimpedir, respectivamente, são exemplos também de transgressões ou "erros" que se tornaram fatos lingüísticos, já que só correm hoje porque a maioria viu tais verbos como derivados de pedir, que tem, início, na sua conjugação, com peço. Tanto bastou para se arcaizarem as formas então legítimas impido, despido e desimpido, que hoje nenhuma pessoa bem-escolarizada tem coragem de usar.
Em vista do exposto, será útil eliminar do vocabulário escolar palavras como corrigir e correto, quando nos referimos a frases. "Corrija estas frases" é uma expressão que deve dar lugar a esta, por exemplo: "Converta estas frases da língua popular para a língua culta".
Uma frase correta não é aquela que se contrapõe a uma frase "errada"; é, na verdade, uma frase elaborada conforme as normas gramaticais; em suma, conforme a norma culta.
Língua escrita e língua falada. Nível de linguagem:
A língua escrita, estática, mais elaborada e menos econômica, não dispõe dos recursos próprios da língua falada.
A acentuação (relevo de sílaba ou sílabas), a entoação (melodia da frase), as pausas (intervalos significativos no decorrer do discurso), além da possibilidade de gestos, olhares, piscadas, etc., fazem da língua falada a modalidade mais expressiva, mais criativa, mais espontânea e natural, estando, por isso mesmo, mais sujeita a transformações e a evoluções.
Nenhuma, porém, se sobrepõe a outra em importância. Nas escolas principalmente, costuma se ensinar a língua falada com base na língua escrita, considerada superior. Decorrem daí as correções, as retificações, as emendas, a que os professores sempre estão atentos.
Ao professor cabe ensinar as duas modalidades, mostrando as características e as vantagens de uma e outra, sem deixar transparecer nenhum caráter de superioridade ou inferioridade, que em verdade inexiste.
Isso não implica dizer que se deve admitir tudo na língua falada. A nenhum povo interessa a multiplicação de línguas. A nenhuma nação convém o surgimento de dialetos, conseqüência natural do enorme distanciamento entre uma modalidade e outra.
A língua escrita é, foi e sempre será mais bem-elaborada que a língua falada, porque é a modalidade que mantém a unidade lingüística de um povo, além de ser a que faz o pensamento atravessar o espaço e o tempo. Nenhuma reflexão, nenhuma análise mais detida será possível sem a língua escrita, cujas transformações, por isso mesmo, se processam lentamente e em número consideravelmente menor, quando cotejada com a modalidade falada.
Importante é fazer o educando perceber que o nível da linguagem, a norma lingüística, deve variar de acordo com a situação em que se desenvolve o discurso.
O ambiente sociocultural determina. O nível da linguagem a ser empregado. O vocabulário, a sintaxe, a pronúncia e até a entoação variam segundo esse nível. Um padre não fala com uma criança como se estivesse dizendo missa, assim como uma criança não fala como um adulto. Um engenheiro não usará um mesmo discurso, ou um mesmo nível de fala, para colegas e para pedreiros, assim como nenhum professor utiliza o mesmo nível de fala no recesso do lar e na sala de aula.
Existem, portanto, vários níveis de linguagem e, entre esses níveis, se destacam em importância o culto e o cotidiano, a que já fizemos referência.
A gíria:
Ao contrário do que muitos pensam, a gíria não constitui um flagelo da linguagem. Quem, um dia, já não usou bacana, dica, cara, chato, cuca, esculacho, estrilar?
O mal maior da gíria reside na sua adoção como forma permanente de comunicação, desencadeando um processo não só de esquecimento, como de desprezo do vocabulário oficial. Usada no momento certo, porém, a gíria é um elemento de linguagem que denota expressividade e revela grande criatividade, desde que, naturalmente, adequada à mensagem, ao meio e ao receptor. Note, porém, que estamos falando em gíria, e não em calão.
Ainda que criativa e expressiva, a gíria só é admitida na língua falada. A língua escrita não a tolera, a não ser na reprodução da fala de determinado meio ou época, com a visível intenção de documentar o fato, ou em casos especiais de comunicação entre amigos, familiares, namorados, etc., caracterizada pela linguagem informal.

SIGNIFICAÇÃO IMPLÍCITA

SIGNIFICAÇÃO IMPLÍCITA

Fiz faculdade, mas aprendi algumas coisas.
A frase transmite duas informações: ele freqüentou um curso superior, aprendeu algumas coisas.
No entanto, essas duas informações transmitem de forma implícita uma crítica ao sistema de ensino vigente. Essa crítica se dá através do uso da preposição mas.
Assim percebemos que um dos aspectos mais intrigantes que pode ser apresentado por um texto é o fato dele dizer aquilo que parece não dizer, ou seja, é a presença de enunciados subentendidos ou pressupostos.
Um leitor é considerado perspicaz quando consegue ler as entrelinhas do texto, isto é, quando capta as mensagens implícitas.
Para não cair na exploração maliciosa de alguns textos que abusam dos aspectos subentendidos ou pressupostos devemos saber que:
Pressupostos são idéias não expressas de maneira explícita, mas que pode ser percebida a partir de certas palavras ou expressões utilizadas.
O tempo continua chuvoso (chove no momento - informação implícita estava chovendo antes)
Pedro deixou de fumar (não fuma no momento - informação implícita fumava antes)
Quanto a utilização de pressupostos devemos saber que eles devem ser sempre verdadeiros ou aceitos como verdadeiros, pois são eles que construirão informações explícitas. Sendo o pressuposto falso, a informação explícita não terá cabimento.
Detectar o pressuposto durante uma leitura é fundamental para a interpretação textual, uma vez que esse recurso argumentativo não é posto em discussão pelo autor do texto, fato que aprisiona o leitor ao pensamento do autor e o leva a defender opiniões contrárias a suas.
Os pressupostos são marcados por:
certos advérbios - Os resultados da pesquisa ainda não chegaram até nós. (Pressuposto - Os resultados já deviam ter chegado ou Os resultados vão chegar mais tarde.)
certos verbos - O caso do contrabando tornou-se público. (Pressuposto - O caso não era público.)
orações adjetivas - Os candidatos a prefeito, que só querem defender seus interesses, não pensam no povo. (Pressuposto - Todos os candidatos a prefeito têm interesses individuais.)
adjetivos - Os partidos radicais acabarão com a democracia no Brasil. (Pressuposto - Existem partidos radicais no Brasil.)
Subentendidos são insinuações escondidas por trás de uma afirmação. (Quando um fumante com o cigarro pergunta: Você tem fogo? Por trás dessa pergunta subentende-se: Acenda-me o cigarro por favor.
Enquanto o pressuposto é um dado apresentado como indiscutível para o falante e o ouvinte, não permitindo contestações; o subentendido é de responsabilidade do ouvinte, uma vez que o falante esconde-se por trás do sentido literal das palavras.
O subentendido pode ser uma maneira encontra pelo falante para transmitir algo sem se comprometer com a informação.

Síntese

3. Síntese:

A síntese de texto é um tipo especial de composição que consiste em reproduzir, em poucas palavras, o que o autor expressou amplamente. Desse modo, só devem ser aproveitadas as idéias essenciais, dispensando-se tudo o que for secundário.
Procedimentos:
  1. Leia atentamente o texto, a fim de conhecer o assunto e assimilar as idéias principais;
  2. Leia novamente o texto, sublinhando as partes mais importantes, ou anotando à parte os pontos que devem ser conservados;
  3. Resuma cada parágrafo separadamente, mantendo a seqüência de idéias do texto original;
  4. Agora, faça seu próprio resumo, unindo os parágrafos, ou fazendo quaisquer adaptações conforme desejar;
  5. Evite copiar partes do texto original. Procure exercitar seu vocabulário. Mantenha, porém, o nível de linguagem do autor;
  6. Não se envolva nem participe do texto. Limite-se a sintetizá-lo.

Perífrase

2. Perífrase:

O povo lusitano foi bastante satirizado por Gil Vicente.
Utilizou-se a expressão "povo lusitano" para substituir "os portugueses". Esse rodeio de palavras que substituiu um nome comum ou próprio chama-se perífrase.
Perífrase é a substituição de um nome comum ou próprio por um expressão que a caracterize. Nada mais é do que um circunlóquio, isto é, um rodeio de palavras.
Outros exemplos: astro rei (Sol) | última flor do Lácio (língua portuguesa) | Cidade-Luz (Paris) Rainha da Borborema (Campina Grande) | Cidade Maravilhosa (Rio de Janeiro).

PARÁFRASE, PERÍFRASE, SÍNTESE E RESUMO

PARÁFRASE, PERÍFRASE, SÍNTESE E RESUMO

1. Paráfrase:

Paráfrase é a reprodução explicativa de um texto ou de unidade de um texto, por meio de uma linguagem mais longa. Na paráfrase sempre se conservam basicamente as idéias do texto original. O que se inclui são comentários, idéias e impressões de quem faz a paráfrase. Na escola, quando o professor, ao comentar um texto, inclui outras idéias, alongando-se em função do propósito de ser mais didático, faz uma paráfrase.
Parafrasear consiste em transcrever, com novas palavras, as idéias centrais de um texto. O leitor deverá fazer uma leitura cuidadosa e atenta e, a partir daí, reafirmar e/ou esclarecer o tema central do texto apresentado, acrescentando aspectos relevantes de uma opinião pessoal ou acercando-se de críticas bem fundamentadas. Portanto, a paráfrase repousa sobre o texto-base, condensando-o de maneira direta e imperativa. Consiste em um excelente exercício de redação, uma vez que desenvolve o poder de síntese, clareza e precisão vocabular. Acrescenta-se o fato de possibilitar um diálogo intertextual, recurso muito utilizado para efeito estético na literatura moderna.

Regência nominal


4.1 Regência nominal:

Substantivos, adjetivos e advérbios podem, por regência nominal, exigir complementação para seu sentido precedida de preposição.
Segue uma lista de palavras e as preposições exigidas. Merecem atenção especial as palavras que exigirem preposição A, por serem passíveis de emprego de crase.
  • acostumado a, com;
  • afável com, para;
  • afeiçoado a, por;
  • aflito com, por;
  • alheio a, de;
  • ambicioso de;
  • amizade a, por, com;
  • amor a, por;
  • ansioso de, para, por;
  • apaixonado de, por;
  • apto a, para;
  • atencioso com, para;
  • aversão a, por;
  • ávido de, por;
  • conforme a;
  • constante de, em;
  • constituído com, de, por;
  • contemporâneo a, de;
  • contente com, de, em, por;
  • cruel com, para;
  • curioso de;
  • desgostoso com, de;
  • desprezo a, de, por;
  • devoção a, por, para, com;
  • devoto a, de;
  • dúvida em, sobre, acerca de;
  • empenho de, em, por;
  • falta a, com, para;
  • imbuído de, em;
  • imune a, de;
  • inclinação a, para, por;
  • incompatível com;
  • junto a, de;
  • preferível a;
  • propenso a, para;
  • próximo a, de;
  • respeito a, com, de, por, para;
  • situado a, em, entre;
  • último a, de, em;
  • único a, em, entre, sobre.

5. Concordância verbal:

* sujeito simples - verbo concorda com o sujeito simples em pessoa e número.
a) Uma boa Constituição é desejada por todos os brasileiros;
b) De paz necessitam as pessoas.
* sujeito coletivo (singular na forma com idéia de plural) - verbo fica no singular, concordando com a palavra escrita não com a idéia.
O pessoal já saiu.
Quando o verbo se distanciar do sujeito coletivo, o verbo poderá ir para o plural concordando com a idéia de quantidade (silepse de número) - a turma concordava nos pontos essenciais, discordavam apenas nos pormenores.
* sujeito é um pronome de tratamento - verbo fica na 3ª pessoa.
a) Vossa Senhoria não é justo;
b) Vossas Senhorias estão de acordo comigo.
* expressão mais de + numeral - verbo concorda com o numeral.
a) Mais de um candidato prometeu melhorar o país;
b) Mais de duas pessoas vieram à festa.
* mais de um + se (idéia de reciprocidade) - verbo no plural (Mais de um sócio se insultaram.).
* mais de um + mais de um - verbo no plural (Mais de um candidato, mais de um representante faltaram à reunião.).
* expressões perto de, cerca de, mais de, menos de + sujeito no plural - verbo no plural.
a) Perto de quinhentos presos fugiram.
b) Cerca de trezentas pessoas ganharam o prêmio.
c) Mais de mil vozes pediam justiça.
d) Manos de duas pessoas fizeram isto.
* nomes só usados no plural - a concordância depende da presença ou não de artigo.
  • sem artigo - verbo no singular (Minas Gerais produz muito leite / férias faz bem).
  • precedidos de artigo plural - verbo no plural ("Os Lusíadas" exaltam a grandeza do povo português / as Minas Gerais produzem muito leite).
Para nomes de obras literárias, admite-se também a concordância ideológica (silepse) com a palavra obra implícita na frase ("Os Lusíadas" exalta a grandeza do povo português).
* expressões a maior parte, grande parte, a maioria de (= sujeito coletivo partitivo) + adjunto adnominal no plural - verbo concorda com o núcleo do sujeito ou com o especificador (AA).
a) A maior parte dos constituintes se retirou (retiraram).
b) Grande parte dos torcedores aplaudiu (aplaudiram) a jogada.
c) A maioria dos constituintes votou (votaram).
Quando a ação só pode ser atribuída à totalidade e não separadamente aos indivíduos, usa-se o singular (um bando de soldados enchia o pavimento inferior).
* quem (pronome relativo sujeito) - verbo na 3ª pessoa do singular concordando com o pronome quem ou concorda com o antecedente.
a) Fui eu quem falou (falei).
b) Fomos nós quem falou (falamos).
* que ( pronome relativo sujeito) - verbo concorda sempre com o antecedente.
Fomos nós que falamos.
* sujeito é pronome interrogativo ou indefinido (núcleo) + de nós ou de vós - depende do pronome núcleo.
  • pronome-núcleo no singular - verbo no singular.
a) Qual de nós votou conscientemente?
b) Nenhum de vós irá ao cinema.
  • pronome-núcleo no plural - verbo na 3ª pessoa do plural ou concordando com o pronome pessoal.
a) Quais de nós votaram (votamos) conscientemente?
b) Muitos de vós foram (fostes) insultados.
* sujeito composto anteposto ao verbo - verbo no plural.
O anel e os brincos sumiram da gaveta.
  • com núcleos sinônimos - verbos no singular ou plural (O rancor e o ódio cegou o amante. / O desalento e a tristeza abalaram-me.).
  • com núcleos em gradação - verbo singular ou plural (um minuto, uma hora, um dia passa/passam rápido).
  • dois infinitivos como núcleos - verbo no singular (estudar e trabalhar é importante.).
  • dois infinitivos exprimindo idéias opostas - verbo no plural (Rir e chorar se alternam.).
* sujeito composto posposto - concordância normal ou atrativa (com o núcleo mais próximo).
Discutiram / discutiu muito o chefe e o funcionário.
Se houver idéia de reciprocidade, verbo vai para o plural (Estimam-se o chefe e o funcionário.).
Quando o verbo ser está acompanhado de substantivo plural, o verbo também se pluraliza (Foram vencedores Pedro e Paulo.).
* sujeito composto de diferentes pessoas gramaticais - depende da pessoa prevalente.
  • eu + outros pronomes - verbo na 1ª pessoa plural (eu, tu e ele sairemos).
  • tu + eles - verbo na 2ª pessoa do plural (preferência) ou 3ª pessoa do plural (tu e teu colega estudastes/estudaram?).
Se o sujeito estiver posposto, também vale a concordância atrativa (saímos/saí eu e tu).
* sujeito composto resumido por um pronome-síntese (aposto) - concordância com o pronome.
Risos, gracejos, piadas, nada a alegrava.
* expressão um e outro - verbo no singular ou no plural (Um e outro falava/ falavam a verdade.).
Com idéia de reciprocidade - verbo no plural (Um e outro se agrediram).
* expressão um ou outro - verbo no singular (Um ou outro rapaz virava a cabeça para nos olhar).
* sujeito composto ligado por nem - verbo no plural (Nem o conforto, nem a glória lhe trouxeram a felicidade.).
Aparecendo pronomes pessoais misturados, leva-se em conta a prioridade gramatical (nem eu, nem ela fomos ao cinema).
* expressão nem um nem outro - verbo no singular (Nem um nem outro comentou o fato.).
* sujeito composto ligado por ou - faz-se em função da idéia transmitida pelo ou.
  • idéia de exclusão - verbo no singular (José ou Pedro será eleito para o cargo / um ou outro conhece seus direitos)
  • idéia de inclusão ou antinomia - verbo no plural (matemática ou física exigem raciocínio lógico / riso ou lágrimas fazem parte da vida)
  • idéia explicativa ou alternativa - concordância com sujeito mais próximo (ou eu ou ele irá / ou ele ou eu irei)
* expressão um dos que - verbo no singular (um) ou plural (dos que).
Ele foi um dos que mais falou/falaram.
Se a expressão significar apenas um, verbo no singular (é uma das peças de Nelson Rodrigues que será apresentada).
* sujeito é número percentual - observar a posição do número percentual em relação ao verbo.
  • verbo concorda com termo posposto ao número (80% da população tinha mais de 18 anos / dez por cento dos sócios saíram da empresa).
  • o verbo concorda com o número quando estiver anteposto a ele (perderam-se 40% da lavoura).
  • verbo no plural, se o número vier determinado por artigo ou pronome no plural (os 87% da produção perderam-se / aqueles 30% do lucro obtido desapareceram).
* sujeito é número fracionário - verbo concorda com o numerador.
1/4 da turma faltou ontem. / 3/5 dos candidatos foram reprovados.
* sujeito composto antecedido de cada ou nenhum - verbo na 3ª pessoa do singular.
Cada criança, cada adolescente, cada adulto ajudava como podia. / nenhum político, nenhuma cidade, nenhum ser humano faria isso.
* sujeito composto ligado por como, assim como, bem como (formas correlativas) - deve-se preferir o plural, sendo mas raro o singular.
Rio de Janeiro como Florianópolis são belas cidades. / tanto uma, como a outra, suplicava-lhe o perdão.
* sujeito composto ligado por com - observar presença ou não de vírgulas.
  • verbo no plural sem vírgulas (Eu com outros amigos limpamos o quintal.)
  • verbo no singular com vírgulas, idéia de companhia (O presidente, com os ministros, desembarcou em Brasília.)
* sujeito indeterminado + SE, verbo no singular.
Assistiu-se à apresentação da peça.
* sujeito paciente ao lado de um verbo na voz passiva sintética - verbo concorda com o sujeito.
Discutiu-se o plano. / Discutiram-se os planos.
* locução verbal constituída de: parecer + infinitivo - verbo parecer varia ou o infinitivo.
a) As pessoas pareciam acreditar em tudo.
b) As pessoas parecia acreditarem em tudo.
Com o infinitivo pronominal, flexiona-se apenas o infinitivo (Elas parece zangarem-se com a moça.)
* verbos dar, bater e soar + horas - verbos têm como sujeito o número que indica as horas.
a) Deram dez horas naquele momento.
b) Meio-dia soou no velho relógio da igreja.
* verbos indicadores de fenômenos da natureza - verbo na 3ª pessoa singular por serem impessoais, extensivo aos auxiliares se estiverem em locuções verbais.
a) Geia muito no Sul.
b) Choveu por muitas noites no verão.
Em sentido figurado deixam de ser impessoais (Choveram vaias para o candidato.)
* haver = existir ou acontecer, fazer (tempo decorrido) é impessoal.
a) Havia vários alunos na sala (= existiam).
b) Houve bastantes acidentes naquele mês (= aconteceram).
c) Não a vejo faz uns meses (= faz).
d) Deve haver muitas pessoas na fila (devem existir).
Considera-se errado o emprego do verbo ter por haver quando tiver sentido de existir ou acontecer (J há um lugar ali. / L tem um lugar ali.)
Os verbos existir e acontecer são pessoais e concordam com seu sujeito (Existiam sérios compromissos. / Aconteceram bastantes problemas naquele dia.)
* verbo fazer indicando tempo decorrido ou fenômeno da natureza (impessoal).
a) Fazia anos que não vínhamos ao Rio.
b) Faz verões maravilhosos nos trópicos.
* verbo ser - impessoal quando indica data hora e distância, concordando com a expressão numérica ou a palavra a que se refere (Eram seis horas. / Hoje é dia doze. / Hoje é ou são doze. / Daqui ao centro são treze quilômetros.).
* se estiver entre dois núcleos das classes a seguir, em ordem, concordará, preferencialmente, com a classe que tiver prioridade, independente de função sintática.




* pronome pessoal → pessoa → substantivo concreto → substantivo abstrato → pronome indefinido, demonstrativo ou interrogativo.
a) Tu és Maria.
b) Maria és tu.
c) Tu és minhas alegrias.
d) Minhas alegrias és tu.
e) Maria é minhas alegrias.
f) Minhas alegrias é Maria.
g) As terras são a riqueza.
h) A riqueza são as terras.
i) Tudo são flores.
j) Emoções são tudo.
* se o sujeito é palavra coletiva, o verbo concorda com o predicativo (A maioria eram adolescentes. / A maior parte eram problemas.).
* sujeito indica peso, medida, quantidade + é pouco, é muito, é bastante, é suficiente, é tanto, verbo ser no singular (Três mil reais é pouco pelo serviço. / Dez quilômetros já é bastante para um dia.).
* silepse de pessoa - verbo concorda com um elemento implícito.
a) A formosura de Páris e Helena foram causa da destruição de Tróia.
b) Os brasileiros somos improvisadores (idéia de inclusão de quem fala entre os brasileiros).

5.1 a regência verbal:

Dá-se quando o termo regente é um verbo e este se liga a seu complemento por uma preposição ou não. Aqui é fundamental o conhecimento da transitividade verbal.
A preposição, quando exigida, nem sempre aparece depois do verbo. Às vezes, ela pode ser empregada antes do verbo, bastando para isso inverter a ordem dos elementos da frase (Na rua dos Bobos, residia um grande poeta). Outras vezes, ela deve ser empregada antes do verbo, o que acontece nas orações iniciadas pelos pronomes relativos (O ideal a que aspira é nobre).
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  • alguns verbos e seu comportamento:
ACONSELHAR (TD e I)
Aconselho-o a tomar o ônibus cedo.
Aconselho-lhe tomar o ônibus cedo.
AGRADAR
* no sentido de acariciar ou contentar (pede objeto direto - não tem preposição).
Agrado minhas filhas o dia inteiro.
Para agradar o pai, ficou em casa naquele dia.
* no sentido de ser agradável, satisfazer (pede objeto indireto - tem preposição "a").
As medidas econômicas do Presidente nunca agradam ao povo.
AGRADECER
* TD e I, com a preposição A. O objeto direto sempre será a coisa, e o objeto indireto, a pessoa.
Agradecer-lhe-ei os presentes.
Agradeceu o presente ao seu namorado.
AGUARDAR (TD ou TI)
Eles aguardavam o espetáculo.
Eles aguardavam pelo espetáculo.
ASPIRAR
* No sentido sorver, absorver (pede objeto direto - não tem preposição).
Aspiro o ar fresco de Rio de Contas.
* No sentido de almejar, objetivar (pede objeto indireto - tem preposição "a").
Ele aspira à carreira de jogador de futebol.
Não admite a utilização do complemento lhe. No lugar, coloca-se a ele, a ela, a eles, a elas. Também observa-se a obrigatoriedade do uso de crase, quando for TI seguido de substantivo feminino (que exija o artigo)



ASSISTIR
* No sentido de ver ou ter direito (TI - preposição A).
Assistimos a um bom filme.
Assiste ao trabalhador o descanso semanal remunerado.
* No sentido de prestar auxílio, ajudar (TD ou TI - com a preposição A)
Minha família sempre assistiu o Lar dos Velhinhos.
Minha família sempre assistiu ao Lar dos Velhinhos.
* No sentido de morar é intransitivo, mas exige preposição EM.
Aspirando a um cargo público, ele vai assistir em Brasília.
Não admite a utilização do complemento lhe, quando significa ver. No lugar, coloca-se a ele, a ela, a eles, a elas. Também observa-se a obrigatoriedade do uso de crase, quando for TI seguido de substantivo feminino (que exija o artigo)
ATENDER
* Atender pode ser TD ou TI, com a preposição a.
Atenderam o meu pedido prontamente.
Atenderam ao meu pedido prontamente.
No sentido de deferir ou receber (em algum lugar) pede objeto direto
No sentido de tomar em consideração, prestar atenção pede objeto indireto com a preposição a.
Se o complemento for um pronomes pessoal referente a pessoa, só se emprega a forma objetiva direta (O diretor atendeu os interessados ou aos interessados / O diretor atendeu-os)
CERTIFICAR (TD e I)
Admite duas construções: Quem certifica, certifica algo a alguém ou Quem certifica, certifica alguém de algo.
Observa-se a obrigatoriedade do uso de crase, quando o OI for um substantivo feminino (que exija o artigo)
Certifico-o de sua posse.
Certifico-lhe que seria empossado.
Certificamo-nos de seu êxito no concurso.
Certificou o escrivão do desaparecimento dos autos.
CHAMAR
* TD, quando significar convocar.
Chamei todos os sócios, para participarem da reunião.
* TI, com a preposição POR, quando significar invocar.
Chamei por você insistentemente, mas não me ouviu.
* TD e I, com a preposição A, quando significar repreender.
Chamei o menino à atenção, pois estava conversando durante a aula.
Chamei-o à atenção.
A expressão "chamar a atenção de alguém" não significa repreender, e sim fazer se notado (O cartaz chamava a atenção de todos que por ali passavam)
* Pode ser TD ou TI, com a preposição A, quando significar dar qualidade. A qualidade (predicativo do objeto) pode vir precedida da preposição DE, ou não.
Chamaram-no irresponsável.
Chamaram-no de irresponsável.
Chamaram-lhe irresponsável.
Chamaram-lhe de irresponsável.
CHEGAR, IR (Intransitivo)
Aparentemente eles têm complemento, pois quem vai, vai a algum lugar e quem chega, chega de. Porém a indicação de lugar é circunstância (adjunto adverbial de lugar), e não complementação.
Esses verbos exigem a preposição A, na indicação de destino, e DE, na indicação de procedência.
Quando houver a necessidade da preposição A, seguida de um substantivo feminino (que exija o artigo a), ocorrerá crase (Vou à Bahia)
* no emprego mais freqüente, usam a preposição A e não EM.
Cheguei tarde à escola.
Foi ao escritório de mau humor.
* se houver idéia de permanência, o verbo ir segue-se da preposição PARA.
Se for eleito, ele irá para Brasília.
* quando indicam meio de transporte no qual se chega ou se vai, então exigem EM.
Cheguei no ônibus da empresa.
A delegação irá no vôo 300.
COGITAR
* Pode ser TD ou TI, com a preposição EM, ou com a preposição DE.
Começou a cogitar uma viagem pelo litoral.
Hei de cogitar no caso.
O diretor cogitou de demitir-se.
COMPARECER (Intransitivo)
Compareceram na sessão de cinema.
Compareceram à sessão de cinema.
COMUNICAR (TD e I)
* Admite duas construções alternando algo e alguém entre OD e OI.
Comunico-lhe meu sucesso.
Comunico meu sucesso a todos.
CUSTAR
* No sentido de ser difícil será TI, com a preposição A. Nesse caso, terá como sujeito aquilo que é difícil, nunca a pessoa, que será objeto indireto.
Custou-me acreditar em Hipocárpio.
Custa a algumas pessoas permanecer em silêncio.
* no sentido de causar transtorno, dar trabalho será TD e I, com a preposição A.
Sua irresponsabilidade custou sofrimento a toda a família.
* no sentido de ter preço será intransitivo.
Estes sapatos custaram R$ 50,00.
DESFRUTAR E USUFRUIR (TD)
Desfrutei os bens de meu pai.
Pagam o preço do progresso aqueles que menos o desfrutam.
ENSINAR - TD e I
Ensinei-o a falar português.
Ensinei-lhe o idioma inglês.
ESQUECER, LEMBRAR
* quando acompanhados de pronomes, são TI e constroem-se com DE.
Ela se lembrou do namorado distante. Você se esqueceu da caneta no bolso do paletó.
* constroem-se sem preposição (TD), se desacompanhados de pronome.
Você esqueceu a caneta no bolso do paletó. Ela lembrou o namorado distante.
FALTAR, RESTAR E BASTAR
* Podem ser intransitivos ou TI, com a preposição A.
Muitos alunos faltaram hoje.
Três homens faltaram ao trabalho hoje.
Resta aos vestibulandos estudar bastante.
IMPLICAR
* TD e I com a preposição EM, quando significar envolver alguém.
Implicaram o advogado em negócios ilícitos.
* TD, quando significar fazer supor, dar a entender; produzir como conseqüência, acarretar.
Os precedentes daquele juiz implicam grande honestidade.
Suas palavras implicam denúncia contra o deputado.
* TI com a preposição COM, quando significar antipatizar.
Não sei por que o professor implica comigo.
Emprega-se preferentemente sem a preposição EM (Magistério implica sacrifícios)
INFORMAR (TD e I)
Admite duas construções: Quem informa, informa algo a alguém ou Quem informa, informa alguém de algo.
Informei-o de que suas férias terminou.
Informei-lhe que suas férias terminou.
MORAR, RESIDIR, SITUAR-SE (Intransitivo)
* Seguidos da preposição EM e não com a preposição A, como muitas vezes acontece.
Moro em Londrina.
Resido no Jardim Petrópolis.
Minha casa situa-se na rua Cassiano.
NAMORAR (TD)
Ela namorava o filho do delegado.
O mendigo namorava a torta que estava sobre a mesa.
OBEDECER, DESOBEDECER (TI)
Devemos obedecer às normas. / Por que não obedeces aos teus pais?
  • Verbos TI que admitem formação de voz passiva:
PAGAR, PERDOAR
São TD e I, com a preposição A. O objeto direto sempre será a coisa, e o objeto indireto, a pessoa.
Paguei a conta ao Banco.
Perdôo os erros ao amigo.
As construções de voz passiva com esses verbos são comuns na fala, mas agramaticais
PEDIR (TD e I)
* Quem pede, pede algo a alguém. Portanto é errado dizer Pedir para que alguém faça algo.
Pediram-lhe perdão.
Pediu perdão a Deus.
PRECISAR
* No sentido de tornar preciso (pede objeto direto).
O mecânico precisou o motor do carro.
* No sentido de ter necessidade (pede a preposição de).
Preciso de bom digitador.
PREFERIR (TD e I)
* Não se deve usar mais, muito mais, antes, mil vezes, nem que ou do que.
Preferia um bom vinho a uma cerveja.
PROCEDER
* TI, com a preposição A, quando significar dar início ou realizar.
Os fiscais procederam à prova com atraso.
Procedemos à feitura das provas.
* TI, com a preposição DE, quando significar derivar-se, originar-se ou provir.
O mau-humor de Pedro procede da educação que recebeu.
Esta madeira procede do Paraná.
* Intransitivo, quando significar conduzir-se ou ter fundamento.
Suas palavras não procedem!
Aquele funcionário procedeu honestamente.
QUERER
* No sentido de desejar, ter a intenção ou vontade de, tencionar (TD).
Quero meu livro de volta.
Sempre quis seu bem.
* No sentido de querer bem, estimar (TI - preposição A).
Maria quer demais a seu namorado.
Queria-lhe mais do que à própria vida.
RENUNCIAR
* Pode ser TD ou TI, com a preposição A.
Ele renunciou o encargo.
Ele renunciou ao encargo.
RESPONDER
* TI, com a preposição A, quando possuir apenas um complemento.
Respondi ao bilhete imediatamente.
Respondeu ao professor com desdém.
Nesse caso, não aceita construção de voz passiva.
* TD com OD para expressar a resposta (respondeu o quê?)
Ele apenas respondeu isso e saiu.
REVIDAR (TI)
Ele revidou ao ataque instintivamente.
SIMPATIZAR E ANTIPATIZAR (TI)
* Com a preposição COM. Não são pronominais, portanto não existe simpatizar-se, nem antipatizar-se.
Sempre simpatizei com Eleodora, mas antipatizo com o irmão dela.
SOBRESSAIR (TI)
* Com a preposição EM. Não é pronominal, portanto não existe sobressair-se.
Quando estava no colegial, sobressaía em todas as matérias.
VISAR
* no sentido de ter em vista, objetivar (TI - preposição A)
Não visamos a qualquer lucro.
A educação visa ao progresso do povo.
* No sentido de apontar arma ou dar visto (TD)
Ele visava a cabeça da cobra com cuidado.
Ele visava os contratos um a um.
Se TI não admite a utilização do complemento lhe. No lugar, coloca-se a ele (a/s)
São estes os principais verbos que, quando TI, não aceitam LHE/LHES como complemento, estando em seu lugar a ele (a/s) - aspirar, visar, assistir (ver), aludir, referir-se, anuir.
Avisar, advertir, certificar, cientificar, comunicar, informar, lembrar, noticiar, notificar, prevenir são TD e I, admitindo duas construções: Quem informa, informa algo a alguém ou Quem informa, informa alguém de algo.
Os verbos transitivos indiretos na 3ª pessoa do singular, acompanhados do pronome se, não admitem plural. É que, neste caso, o se indica sujeito indeterminado, obrigando o verbo a ficar na terceira pessoa do singular. (Precisa-se de novas esperanças / Aqui, obedece-se às leis de ecologia)
* Verbos que podem ser usados como TD ou TI, sem alteração de sentido: abdicar (de), acreditar (em), almejar (por), ansiar (por), anteceder (a), atender (a), atentar (em, para), cogitar (de, em), consentir (em), deparar (com), desdenhar (de), gozar (de), necessitar (de), preceder (a), precisar (de), presidir (a), renunciar (a), satisfazer (a), versar (sobre) - lista de Pasquale e Ulisses.
  • as variáveis na conjugação de alguns verbos:
Existem algumas variáveis na conjugação de alguns verbos. Os lingüistas chamam os desvios de variáveis, enquanto os gramáticos tratam-nos como erros.
verbo ver e derivados.
Forma popular: se eu ver, se eu rever, se eu revesse.
Forma padrão: se eu vir, se eu revir, se eu revisse.
verbo vir e derivados.
Forma popular: se eu vir, seu eu intervir, eu intervi, ele interviu, eles proviram.
Forma padrão: seu eu vier, se eu intervier, eu intervim, ele interveio, eles provieram.
ter e seus derivados.
Forma popular: quando eu obter, se eu mantesse, ele deteu.
Forma padrão: quando eu obtiver, se eu mantivesse, ele deteve.
pôr e seus derivados.
Forma popular: quando eu compor, se eu disposse, eles disporam.
Forma padrão: quando eu compuser, se eu dispusesse, eles dispuseram.
reaver.
Forma popular: eu reavi, eles reaveram, ela reavê.
Forma padrão: eu reouve, eles reouveram, ela reouve.

6.1 Crase:

Crase não é acento, e sim superposição de dois "as". O primeiro é uma preposição, o segundo, pode ser um artigo definido, um pronome demonstrativo a(as) ou aquele(a/s),e aquilo. O acento que marca este fenômeno é o grave (`).
O domínio da crase depende de o aluno conhecer a regência de alguns verbos e nomes.
- crase da preposição a com o artigo definido a(s):
Condições necessárias para ocorrer crase: termo regente deve exigir a preposição e o termo regido tem de ser uma palavra feminina que admita artigo.
Uma dica é trocar a palavra feminina por uma masculina equivalente, se aparecer ao (s) usa-se crase, caso apareça a ou o (s) não haverá crase
a) Todos iriam à reunião.
b) Todos iriam ao encontro.
A crase é obrigatória:
- em locuções prepositivas, adverbiais ou conjuntivas (femininas).
à queima-roupa, às cegas, às vezes, à beça, à medida que, à proporção que, à procura de, à vontade
Em expressões que indicam instrumento, crase é opcional (escrevi a (à) máquina.)
- expressão à moda de, mesmo que subentendida.
a) Era um penteado à francesa.
b) O jogador fez um gol à Pele.
- quando as palavras "rua", "loja", "estação de rádio" estiverem subentendidas.
Maria dirigiu-se à Globo (estação de rádio).
As situações onde não existe crase são:
- antes de palavra masculina e verbos.
a) Vende-se a prazo.
b) O texto foi redigido a lápis.
c) Ele começou a fazer dietas.
- antes de artigo indefinido e numeral cardinal (exceto em horas).
a) Refiro-me a uma blusa mais fina.
b) O vilarejo fica a duas léguas daqui.
- antes dos pronomes pessoais, inclusive as formas de tratamento.
a) Enviei uma mensagem a Vossa Majestade.
b) Nada direi a ela.
Neste caso, os pronomes senhora e senhorita são exceções.
- antes de pronomes demonstrativos esta (s) e essa (s).
a) Refiro-me a estas flores.
b) Não deram valor a esta idéia.
- antes de pronomes indefinidos, com exceção de outra.
a) Direi a todas as pessoas.
b) Fiz alusão a esta moça e à outra.
- antes da preposição a tiver outra preposição.
Compareceu perante a juíza no dia da audiência.
Com a preposição até o uso é facultativo.
- no meio de expressões com palavras repetitivas.
Ficamos cara a cara.
- no a singular seguido de palavra no plural.
Pediu apoio a pessoas estranhas.
Não haverá crase antes de pronome interrogativo.
Na expressão devido à (s) + palavra feminina ocorre a crase.
- palavra feminina tomada em sentido genérico.
Apena pode ir de advertência a multa.
Havendo determinação, a crase é indispensável (Ele admite ter cedido à pressão dos superiores.)
Na dúvida, e excluída qualquer das hipóteses tratadas, basta substituir a palavra feminina por uma masculina equivalente. Se ocorrer ao no masculino, haverá crase.
Fui à cidade fazer compras - (ao supermercado).
A crase é facultativa:
- antes de nomes próprios femininos (exceto em nomes de personalidade pública - sem artigo):
Enviei um presente a (à) Maria.
A exceção ocorre quando o nome feminino vier acompanhado de uma expressão que a determine a crase é obrigatória (Dedico minha vida à Rosa do Jaboatão)
- antes do pronome adjetivo possessivo feminino singular:
a) Pediu informações a minha secretária.
b) Pediu informações à minha secretária.
c) Pediu informações a minhas secretárias.
d) Pediu informações as minhas secretárias.
e) Pediu informações às minhas secretárias.
Se o pronome possessivo for substantivo e por regência a preposição for exigida, a crase será obrigatória (Foi a [à] sua cidade natal e à minha)
- antes de topônimos, a menos que estejam determinados.
a) Iremos a Curitiba.
b) Iremos à bela Curitiba.
c) Iremos à Bahia.
Quando o topônimo não estiver determinado, usa-se o teste da troca do verbo para chegar. Se nesta troca aparecer chego da, há crase; se for chego de, não há crase.
- Crase da preposição a com o pronome demonstrativo e relativo:
Com os demonstrativos aquele (s), aquela (s) e aquilo, basta verificar se, por regência, alguma palavra pede a preposição que irá se fundir com o "a" inicial do próprio pronome.
Uma dica é trocar aquele (a/s) por este (a/s) e aquilo por isto, se antes aparecer a, há crase.
a) Enviei presentes àquela menina.
b) A matéria não se relaciona àqueles problemas.
c) Não se de ênfase àquilo.
O pronome demonstrativo a (s) aparece antes de que ou de e pode ser trocado por aquela (s). Deve-se fazer o teste da troca por um masculino similar e verificar se aparece ao (s)
a) Esta estrada é paralela à que corta a cidade (o caminho é paralelo ao que corta a cidade).
b) Conheço a moça de azul, não a de branco.
Antes dos pronomes relativos "que" e "quem" não ocorre crase. Já o pronome qual (s) admite crase
Uma dica é trocar o substantivo feminino anterior ao pronome por um masculino, se aparecer ao (s) há crase
a) A menina a que me refiro não estudou.
b) A professora a quem me refiro é bonita.
b) A fama à qual almejo não é difícil.
Casos especiais sobre o uso da crase:
- antes da palavra casa:
Quando a palavra casa significa lar, domicílio e não vem acompanhada de adjetivo, ou locução adjetiva, não se usa a crase.
Iremos a casa assim que chegarmos (iremos ao lar assim que chegarmos).
Quando a palavra casa estiver modificada por adjetivo ou locução adjetiva.
Iremos à casa de minha mãe.
- antes da palavra terra:
Oposto de mar, ar e bordo - não há crase
O Marinheiro forma a terra.
Quando terra significa solo, planeta ou lugar - pode haver crase.
a) Voltei à terra natal.
b) A espaçonave voltará à Terra em um mês.
- antes da palavra distância:
Não se usa crase, salvo se vier determinada.
a) Via-se o barco à distância de quinhentos metros (determinado).
b) Olhava-nos a distância.
1. Em qual das alternativas o uso do acento indicativo de crase é facultativo?
a) Minhas idéias são semelhantes às suas.
b) Ele tem um estilo à Eça de Queiroz
c) Dei um presente à Mariana.
d) Fizemos alusão à mesma teoria.
e) Cortou o cabelo à Gal Costa.
2. "O pobre fica ___ meditar, ___ tarde, indiferente ___ que acontece ao seu redor".
a) à - a - aquilo
b) a - a - àquilo
c) a - à - àquilo
d) à - à - aquilo
e) à - à - àquilo
3. "A casa fica ___ direita de quem sobe a rua, __- duas quadras da Avenida Central".
a) à - há
b) a - à
c) a - há
d) à - a
e) à - à
4. "O grupo obedece ___ comando de um pernambucano, radicado ___ tempos em São Paulo, e se exibe diariamente ___ hora do almoço".
a) o - à - a
b) ao - há - à
c) ao - a - a
d) o - há - a
e) o - a - a




5. "Nesta oportunidade, volto ___ referir-me ___ problemas já expostos ___ V. Sª ___ alguns dias".
a) à - àqueles - a - há
b) a - àqueles - a - há
c) a - aqueles - à - a
d) à - àqueles - a - a
e) a - aqueles - à - há
6. Assinale a frase gramaticalmente correta:
a) O Papa caminhava à passo firme.
b) Dirigiu-se ao tribunal disposto à falar ao juiz.
c) Chegou à noite, precisamente as dez horas.
d) Esta é a casa à qual me referi ontem às pressas.
e) Ora aspirava a isto, ora aquilo, ora a nada.
7. O Ministro informou que iria resistir _____ pressões contrárias _____ modificações relativas _____ aquisição da casa própria.
a) às - àquelas _ à
b) as - aquelas - a
c) às àquelas - a
d) às - aquelas - à
e) as - àquelas - à
8. A alusão _____ lembranças da casa materna trazia _____ tona uma vivência _____ qual já havia renunciado.
a) às - a - a
b) as - à - há
c) as - a - à
d) às - à - à
e) às - a - há
9. Use a chave ao sair ou entrar __________ 20 horas.
a) após às
b) após as
c) após das
d) após a
e) após à
10. _____ dias não se consegue chegar _____ nenhuma das localidades _____ que os socorros se destinam.
a) Há - à - a
b) A - a - a
c) À - à - a
d) Há - a - a
e) À - a - a
11. Fique _____ vontade; estou _____ seu inteiro dispor para ouvir o que tem _____ dizer.
a) a - à - a
b) à - a - a
c) à - à - a
d) à - à - à
e) a - a - a
12. No tocante _____ empresa _____ que nos propusemos _____ dois meses, nada foi possível fazer.
a) àquela - à - à
b) aquela - a - a
c) àquela - à - há
d) aquela - à - à
e) àquela - a - há
13. Chegou-se _____ conclusão de que a escola também é importante devido _____ merenda escolar que é distribuída gratuitamente _____ todas as crianças.
a) à - à - à
b) a - à - a
c) a - à - à
d) à - à - a
e) à - a - a
14. A tese _____ aderimos não é aquela _____ defendêramos no debate sobre os resultados da pesquisa.
a) a qual - que
b) a que - que
c) à que - a que
d) a que - a que
e) a qual a que
15. Em relação _____ mímica, deve-se dizer que ela exerce função paralela _____ da linguagem.
a) a - a
b) à - à
c) a - à
d) à - aquela
e) a - àquela
16. Foi _____ mais de um século que, numa reunião de escritores, se propôs a maldição do cientista que reduzira o arco-íris _____ simples matéria: era uma ameaça _____ poesia.
a) a - a - à
b) há - à - a
c) há - à - à
d) a - a - a
e) há - a - à

17. A estrela fica _____ uma distância enorme, _____ milhares de anos-luz, e não é visível _____ olho nu.
a) a - à - à
b) a - a - a
c) à - a - a
d) à - à - a
e) à - a - à
18. Estava __________ na vida, vivia _____ expensas dos amigos.
a) atoa - as
b) a toa - à
c) a tôa - às
d) à toa - às
e) à toa - as
19. Estavam _____ apenas quatro dias do início das aulas, mas ele não estava disposto _____ retomar os estudos.
a) há - à
b) a - a
c) à - a
d) há - a
e) a - à

20. Disse _____ ela que não insistisse em amar _____ quem não _____ queria.
a) a - a - a
b) a - a - à
c) à - a - a
d) à - à - à
e) a - à - à
21. Quanto _____ suas exigências, recuso-me _____ levá-las _____ sério.
a) às - à - a
b) a - a - a
c) as - à - à
d) à - a - à
e) as - a - a
22. Quanto _____ problema, estou disposto, para ser coerente __________ mesmo, _____ emprestar-lhe minha colaboração.
a) aquele - para mim - a
b) àquele - comigo - a
c) aquele - comigo - à
d) aquele - por mim - a
e) àquele - para mim - à
23. A lâmpada _____ cuja volta estavam mariposas _____ voar, emitia luz _____ grande distância.
a) a - à - à
b) à - a - à
c) a - à - a
d) a - a - a
e) à - a - a
24. Aquela candidata _____ rainha de beleza, quando foi _____ televisão, pôs-se _____ roer as unhas.
a) à - à - a
b) à - a - à
c) a - a - à
d) à - à - à
e) a - à - a
25. Eis o lema _____ sempre obedecia: ódio _____ guerra e aversão _____ injustiças.
a) à que - à - as
b) à que - à - às
c) a que - à - às
d) a que - à - as
e) a que - a - as
26. Faltou _____ todas as reuniões e recusou-se _____ obedecer _____ decisões da assembléia.
a) a - a - as
b) a - a - às
c) a - à - às
d) à - a - às
e) à - à - às
27. Expunha-se _____ uma severa punição, porque as ordens _____ quais se opunha eram rigorosas e destinavam-se _____ funcionárias daquele setor.
a) a - as - às
b) à - às - as
c) à - as - às
d) à - às - às
e) a - às - às
28. _____ alguns meses o Ministro revelou-se disposto _____ abrir _____ discussões em torno do acesso dos candidatos e dos partidos _____ televisão.
a) A - a - as - à
b) Há - a - às - a
c) A - à - às - a
d) Há - à - as - à
e) Há - a - as - à
29. _____ Igreja cabe propugnar pelos princípios éticos e morais que devem reger _____ vida das comunidades, enquanto _____ política deve visar ao bem comum.
a) A - à - à
b) À - a - a
c) À - à - a
d) À - à - à
e) A - a - a
1 C / 2 C / 3 D / 4 B / 5 B / 6 D / 7 A / 8 D / 9 B / 10 D / 11 B / 12 E / 13 D / 14 B / 15 B / 16 E / 17 B / 18 D / 19 B / 20 A / 21 B / 22 B / 23 D / 24 E / 25 C / 26 B / 27 E / 28 E / 29 B.

Tipos de Fonemas:


1.2 Tipos de Fonemas:

Os fonemas são classificados em vogais, consoantes e semivogais:
As vogais são sons produzidos sem obstáculos para a passagem de ar, que passa livremente pela boca, oriundo do pulmão. Sua emissão é independente de outro fonema, por isso constitui a base da sílaba.
Os sons das vogais produzem-se a partir do diferentes posicionamentos dos músculos da boca, constituídos pela língua, pelos lábios e pelo véu palatino, formando o seguinte quadro:
a) modificação do véu palatino:
  • vogais orais: a corrente de ar vibrante passa pela cavidade bucal, formando sete fonemas vocálicos orais: i, e, é, a, ó, o, u (fica, veja, vela, pá, bola, coma, pula).
  • vogais nasais: corrente de ar vibrante passa pelas cavidades bucal e nasal, formando cinco fonemas vocálicos nasais: linda, tenta, banda, onda, fundo.
b) elevação da língua na região do céu da boca:
  • vogais anteriores: emitidas com abertura média da boca (linda, fica, tenta, vela, veja).
  • vogais centrais: emitidas com abertura total da boca (banda, pá).
  • vogais posteriores: emitidas com abertura inferior a 50% da boca (fundo, pula, onda, bola, coma).
Essa abertura da boca também estará relacionada à consoante que segue a vocal, por isso a pronúncia precisa ser casada entre posição de abertura da vogal e da consoante.
c) elevação da parte mais alta da língua:
  • vogais altas: máxima elevação da língua para o céu da boca (fica, linda, pula, fundo).
  • vogais médias: a elevação é média (veja, tenta, vela, coma, tonta, bola).
  • vogais baixas: a elevação é mínima (pá, banda).
As consoantes são fonemas produzidos através da obstrução do ar proveniente do pulmão, precisando de uma vogal para ser emitidos. Esses obstáculos podem ser totais ou parciais, a partir da posição da língua e dos lábios.
As consoantes apresentam quatro critérios de classificação:
  • modo de articulação: responsável pela identificação do obstáculo que ocorre durante a passagem do ar pela boca.
Se a corrente de ar encontrar um obstáculo total, essas consoantes serão classificadas como oclusivas (p, b, t, d, k e g).
Se o obstáculo for parcial, as consoantes serão chamadas constritivas (compressão), podendo ser fricativas (fricção do ar através de uma fenda no meio da boca), laterais (o ar sai pelos lados da boca) e vibrantes (quando ocorre a vibração da língua ou do véu palatal).
A classificação das consoantes constritivas ocorre da seguinte maneira:
- constritivas fricativas: f, v, s, z, x, j;
- constritivas laterais: l, lh;
- constritivas vibrantes: r, rr
  • ponto de articulação: identifica em qual ponto da cavidade bucal localiza-se o obstáculo para a passagem do ar.
 O ponto de articulação classifica-se em consoantes bilabiais (contato entre os lábios superior e inferior), labiodentais (o lábio inferior tem contato com os dentes incisivos superiores), linguodentais (contato entre a língua e a face interna dos dentes incisivos superiores), alveolares (contato da língua com os alvéolos dos dentes incisivos superiores), palatais (o dorso da língua toca o céu da boca) e velares (parte posterior da língua tem contato com o véu palatino).
Essa classificação permite a seguinte divisão das consoantes quanto ao ponto de articulação:
- bilabiais: p, b, m;
- labiodentais: f, v;
- linguodentais: t, d, n;
- alveolares - s, z, l, r;
- palatais: x, j, lh, nh;
- velares: k, g, rr.
  • papel das cordas vocais: permite observar se ocorre ou não vibração das cordas vocais. Quando ocorrer a vibração a consoante é chamada de sonora, já quando não ocorre, ela é chamada de surda.
As consoantes surdas e sonoras da língua portuguesa podem ser divididas em seis pares:
SURDAS
SONORAS
p
t
k
f
s
x
b
d
g
v
z
j
  • papel das cavidades bucal e nasal: verifica se a passagem do ar ocorre somente pela cavidade bucal ou se passa pela cavidade nasal.
De acordo com a passagem do ar as consoantes são classificadas em orais ou nasais. As consoantes nasais da língua portuguesa são três (m, n, nh), todas as demais são orais.
Já as semivogais sempre acompanham um vogal, formando sílaba com ela. Na língua escrita às semivogais são representadas pelo "i" e "u", podendo em alguns casos serem representadas pelo "e" e "o".
Deve-se observar também que a é sempre vogal e se estiver acompanhada de outra vogal na mesma sílaba, esta será semivogal.

1.3 Sílaba:

A sílaba é conjunto de sons que pode ser emitido numa só expiração. Na língua portuguesa a parte central da sílaba sempre é a vogal.
Assim, na estrutura da sílaba existe, uma vogal, à qual se juntam, ou não, semivogais ou consoantes.
A maneira mais fácil para separar as sílabas é pronunciar a palavra lentamente, de forma melódica.
Na língua portuguesa, os vocábulos são classificados de acordo com o número de sílabas que apresentam, podendo ser:
  • monossílabos (apenas uma sílaba): cão, chá;
  • dissílabos (apresenta duas sílabas): mulher, garfo;
  • trissílabos (possuem três sílabas): macaco, equipe;
  • polissílabos (formados por mais de três sílabas): amizade; felicidade.
A consoante inicial não seguida de vogal fica na sílaba seguinte (pneu-má-ti-co, mne-mô-ni-co). Se a consoante não seguida de vogal estiver dentro do vocábulo, ela fica na sílaba precedente (ap-to, rit-mo). Na questão, baseadas em texto de Gustavo Franco, marque o item em que a substituição da seqüência sublinhada pela alternativa proposta acarreta prejuízo à coerência ou à correção gramatical.

1.4 Encontros vocálicos:

Os encontros vocálicos referem-se à seqüência de sons vocálicos (vogais e/ou semivogais) que pode ocorrer numa mesma sílaba ou em sílabas separadas. As vogais serão as pronunciadas mais fortes, enquanto as semivogais serão mais fracas, ou seja, e átonas. São três os tipos de encontros vocálicos: hiatos, ditongos e tritongos.
  • hiatos: é a seqüência de duas vogais em sílabas diferentes. (saúde, cooperar, ruim, crêem)
  • ditongos: ocorre quando uma vogal e uma semivogal são pronunciadas numa só sílaba, independente da ordem destas.
Os ditongos podem ser classificados em decrescentes (pouco) ou crescentes (série) e orais (todos aqueles que não são nasais) ou nasais (pão).
  • tritongos: são constituídos por uma vogal entre duas semivogais numa só sílaba. (Paraguai, iguais).
Os tritongos também podem ser classificados em nasais ou orais, seguindo as mesmas regras dos ditongos.
Além dessas regras gerais, deve-se observar também que:
Am / em, no final das palavras, correspondem aos ditongos ao / ei nasalizados.
Cuidado com os falsos ditongos, pois quando átonos finais, os encontros (ia, ie, io, ao e ua) são normalmente ditongos crescentes, mas também podem ser hiatos. Se esses grupos não forem finais nem átonos, só podem ser hiatos (memória, democracia, viela).
Os encontros de palavras como praia, maio, feio, goiaba e baleia são separados de forma a criar um ditongo e uma vogal sozinha depois.

1.5 Encontro consonantal:

O encontro consonantal é a seqüência de duas ou mais consoantes, sem vogal intermediária, que não sejam dígrafo. Esse encontro pode ocorrer na mesma sílaba ou não (carpete, bíblia).
Os encontros consonantais (gn, mn, pn, ps, pt e tm) não são muito comuns. Quando eles aparecem no início da sílaba são inseparáveis. Quando estão no meio criam uma pronúncia mais difícil (pneu/advogado). No uso coloquial, há uma tendência a destruir esse encontro, inserindo a vogal i depois da consoante surda.
Quando x corresponde a cs (táxi, falamos "tácsi"), há um encontro consonantal fonético. Nesse caso, x é chamado de dífono.

1.6 Dígrafo:

O dígrafo é o grupo de duas letras que representa um único fonema. São dígrafos da língua portuguesa: lh, nh, ch, rr, ss, qu (seguidos de e ou i), gu (seguidos de e ou i), sc, sç, xc e xs.
Os encontros gu e qu se forem usados com trema ou acento, não serão dígrafos, uma vez que o u será pronunciado.
Além desses, existem também os dígrafos vocálicos formados pelas vogais nasais: am, an, em, en, im, in, om, on, um e un.

 

 

 

 

1.7 Separação silábica:

Na língua portuguesa, a divisão das sílabas deve ser feita a partir da soletração, usando o hífen para marcar as sílabas (con-ver-sí-vel).
Para a separação silábica correta devem-se observar as seguintes regras:
  • os ditongos e tritongos não podem ser separados (Pa-ra-guai, Ro-gé-rio, au-la);
  • os hiatos têm as vogais separadas (a-é-re-o);
  • os dígrafos ch, lh, nh, gu e qu não são separados (cho-ca-lho);
  • os dígrafos ss, rr, sc, sç e xc são separados (pás-sa-ro, nas-cer, cor-ri-da);
  • as vogais idênticas e os grupos consonantais cc e cç são separados (co-or-de-na-dor, in-te-lec-ção);
  • os encontros consonantais ocorridos em sílabas internas diferentes são separados (em-pre-gar);
  • grupos consonantais que ocorrem no início dos vocábulos são inseparáveis: psi-co-se, dra-ma, pneu-mo-ni-a.
1. Assinale a alternativa errada a respeito da palavra "churrasqueira".
a) apresenta 13 letras e 10 fonemas
b) apresenta 3 dígrafos: ch, rr, qu
c) divisão silábica: chur-ras-quei-ra
d) é paroxítona e polissílaba
e) apresenta o tritongo: uei
2. Qual das alternativas abaixo possui palavras com mais letras do que fonemas?
a) Caderno
b) Chapéu
c) Flores
d) Livro
e) Disco
3. Assinale a melhor resposta. Em papagaio, temos:
a) um ditongo
b) um tritongo
c) um trissílabo
d) um oxítono
e) um proparoxítono
4. Assinale a série em que apenas um dos vocábulos não possui dígrafo:
a) folha - ficha - lenha - fecho
b) lento - bomba - trinco - algum
c) águia - queijo - quatro - quero
d) descer - cresço - exceto - exsudar
e) serra - vosso - arrepio - assinar
5. Assinale a alternativa que inclui palavras da frase abaixo que contêm, respectivamente, um ditongo oral crescente e um hiato. As mágoas de minha mãe, que sofria em silêncio, jamais foram compreendidas por mim e meus irmãos.
a) foram - minha
b) sofria - jamais
c) meus - irmãos
d) mãe - silêncio
e) mágoas - compreendidas
6. Assinale a seqüência em que todas as palavras estão partidas corretamente.
a) trans-a-tlân-ti-co / fi-el / sub-ro-gar
b) bis-a-vô / du-e-lo / fo-ga-réu
c) sub-lin-gual / bis-ne-to / de-ses-pe-rar
d) des-li-gar / sub-ju-gar / sub-scre-ver
e) cis-an-di-no / es-pé-cie / a-teu
7. Segundo as normas do vocabulário oficial, a separação silábica está corretamente efetuada em ambos os vocábulos das opções:
a) to-cas-sem, res-pon-dia
b) mer-ce-ná-ri-o, co-in-ci-di-am
c) po-e-me-to, pré-dio
d) ru-i-vo, pe-rí-o-do
e) do-is, pau-sas
8. Assinale a alternativa que não apresenta todas as palavras separadas corretamente.
a) de-se-nho, po-vo-ou, fan-ta-si-a, mi-lhões
b) di-á-rio, a-dul-tos, can-tos, pla-ne-ta
c) per-so-na-gens, po-lí-cia, ma-gia, i-ni-ci-ou
d) con-se-guir, di-nhei-ro, en-con-trei, ar-gu-men-tou
e) pais, li-ga-ção, a-pre-sen-ta-do, au-tên-ti-co
9. Dadas as palavras: Sub-ter-râ-neo / su-bes-ti-mar / trans-tor-no, constatamos que a separação silábica está correta:
a) apenas nº 1;
b) apenas nº 2;
c) apenas nº 1 e 2;
d) em todas as palavras
e) n. d. a.
10. Dadas as palavras: tung-stê-nio / bis-a-vô / du-e-lo, constatamos que a separação silábica está correta:
a) apenas nº 1
b) apenas nº 2
c) apenas nº 3
d) em todas as palavras
e) n. d. a.
11. Nas palavras alma, pinto e porque, temos, respectivamente:
a) 4 fonemas - 5 fonemas - 6 fonemas.
b) 5 fonemas - 5 fonemas - 5 fonemas.
c) 4 fonemas - 4 fonemas - 5 fonemas.
d) 5 fonemas - 4 fonemas - 6 fonemas.
e) 4 fonemas - 5 fonemas - 5 fonemas.
12. A alternativa que apresenta uma incorreção é:
a) o fonema está diretamente ligado ao som da fala.
b) as letras são representações gráficas dos fonemas.
c) a palavra "tosse" possui quatro fonemas.
d) uma única letra pode representar fonemas diferentes.
e) a letra "h" sempre representa um fonema.
13. Todas as palavras abaixo possuem um encontro vocálico e um encontro consonantal, exceto:
a) destruir.
b) magnésio.
c) adstringente.
d) pneu.
e) autóctone.
14. A série em que todas as palavras apresentam dígrafo é:
a) assinar / bocadinho / arredores.
b) residência / pingue-pongue / dicionário.
c) digno / decifrar / dissesse.
d) dizer / holandês / groenlandeses.
e) futebolísticos / diligentes / comparecimento.
15. Verificamos a presença de um hiato em:
a) entendia.
b) trabalho.
c) conjeturou.
d) mais.
e) saguão.
16. A alternativa que apresenta certa dificuldade de distinção entre ditongo crescente e hiato é:
a) pai-saúde-mau-juízo.
b) Saara-preencher-cruel-doer.
c) faísca-degrau-chapéu-vôo.
d) piada-miolo-poente-miudeza.
e) frear-foi-saída-rei.
17. A alternativa que apresenta uma incorreção é:
a) "chapéu" possui um dígrafo e um ditongo decrescente.
b) "guerreiro" possui dois dígrafos e um ditongo decrescente.
c) "mangueira" possui dois dígrafos e um ditongo decrescente.
d) "enxagüei" possui dois dígrafos e um tritongo.
e) "exato" não possui dígrafos e nem encontro vocálico.
18. A alternativa em que as letras sublinhadas nas palavras constituem, respectivamente, dígrafo e encontro consonantal é:
a) exceção / étnico
b) banho / desça
c) seguir / nascimento
d) aquático / psicologia
e) occipital / represa
19. Observe os encontros vocálicos e os dígrafos e assinale a única afirmativa incorreta:
a) na palavra cãibra ocorre um ditongo nasal decrescente.
b) na palavra freqüente ocorre um ditongo oral crescente.
c) na palavra radiouvinte ocorre um tritongo oral.
d) na palavra pneumonia ocorrem um ditongo decrescente e um hiato.
e) na palavra zoologia ocorrem dois hiatos.
20. Observe os encontros vocálicos e os dígrafos e assinale a única afirmativa incorreta:
a) a palavra discente tem dígrafo consonantal e um dígrafo vocálico.
b) a palavra entranhas tem um dígrafo vocálico e um dígrafo consonantal.
c) a palavra também tem dois dígrafos vocálicos.
d) a palavra tranqüilo tem um dígrafo vocálico e não apresenta dígrafo consonantal.
e) a palavra borracha tem dois dígrafos consonantais.
21. O vocábulo cujo número de letras é igual ao número de fonemas está em:
a) sucedida.
b) habitando.
c) grandes.
d) espinhos.
e) ressoou.
22. A palavra que apresenta ditongo crescente é:
a) acordou.
b) teriam.
c) noites.
d) jamais.
e) quando.
23. Só não existe hiato em:
a) atoleiros.
b) miaram.
c) ruído.
d) defendiam.
e) haviam.
24. Indique a palavra que tem 5 fonemas:
a) ficha.
b) molhado.
c) guerra.
d) fixo.
e) hulha.
25. Assinale o vocábulo com ditongo nasal decrescente:
a) quando.
b) zangou.
c) misteriosos.
d) vitória.
e) moravam.
26. A palavra "charuto" apresenta:
a) um dígrafo e seis fonemas.
b) um dígrafo e sete fonemas.
c) sete letras e sete fonemas.
d) sete letras e dois dígrafos.
e) sete letras e cinco fonemas.
27. Marque o item que apresenta erro na divisão silábica:
a) téc-ni-co
b) de-ce-pção
c) ad-jun-to
d) con-fec-ção
e) obs-tá-cu-lo
1 E / 2 B / 3 A / 4 C / 5 E / 6 C / 7 C / 8 C / 9 d / 10 C / 11 C / 12 E / 13 C / 14 A / 15 A / 16 D / 17 D / 18 A / 19 B / 20 C / 21 A / 22 E / 23 A / 24 D / 25 E / 26 A / 27 B












































2. Ortografia.

A ortografia é a parte da língua responsável pela grafia correta das palavras. Essa grafia baseia-se no padrão culto da língua.
As palavras podem apresentar igualdade total ou parcial no que se refere a sua grafia e pronúncia, mesmo tendo significados diferentes. Essas palavras são chamadas de homônimas (canto, do grego, significa ângulo / canto, do latim, significa música vocal). As palavras homônimas dividem-se em homógrafas, quando tem a mesma grafia (gosto, substantivo e gosto, 1ª pessoa do singular do verbo gostar) e homófonas, quando tem o mesmo som (paço, palácio ou passo, movimento durante o andar).
Quanto à grafia correta em língua portuguesa, devem-se observar as seguintes regras:
O fonema s:
Escreve-se com S e não com C/Ç:
  • as palavras substantivadas derivadas de verbos com radicais em nd, rg, rt, pel, corr e sent.
Exemplos: pretender - pretensão / expandir - expansão / ascender - ascensão / inverter - inversão / aspergir aspersão / submergir - submersão / divertir - diversão / impelir - impulsivo / compelir - compulsório / repelir - repulsa / recorrer - recurso / discorrer - discurso / sentir - sensível / consentir - consensual
Escreve-se com SS e não com C e Ç:
  • os nomes derivados dos verbos cujos radicais terminem em gred, ced, prim ou com verbos terminados por tir ou meter
Exemplos: agredir - agressivo / imprimir - impressão / admitir - admissão / ceder - cessão / exceder - excesso / percutir - percussão / regredir - regressão / oprimir - opressão / comprometer - compromisso / submeter - submissão
  • quando o prefixo termina com vogal que se junta com a palavra iniciada por s
Exemplos: a + simétrico - assimétrico / re + surgir - ressurgir
  • no pretérito imperfeito simples do subjuntivo
Exemplos: ficasse, falasse
Escreve-se com C ou Ç e não com S e SS:
  • os vocábulos de origem árabe:
Exemplos: cetim, açucena, açúcar
  • os vocábulos de origem tupi, africana ou exótica
Exemplos: cipó, Juçara, caçula, cachaça, cacique
  • os sufixos aça, aço, ação, çar, ecer, iça, nça, uça, uçu.
Exemplos: barcaça, ricaço, aguçar, empalidecer, carniça, caniço, esperança, carapuça, dentuço
  • nomes derivados do verbo ter.
Exemplos: abster - abstenção / deter - detenção / ater - atenção / reter - retenção
  • após ditongos
Exemplos: foice, coice, traição
  • palavras derivadas de outras terminadas em te, to(r)
Exemplos: marte - marciano / infrator - infração / absorto - absorção
O fonema z:
Escreve-se com S e não com Z:
  • os sufixos: ês, esa, esia, e isa, quando o radical é substantivo, ou em gentílicos e títulos nobiliárquicos.
Exemplos: freguês, freguesa, freguesia, poetisa, baronesa, princesa, etc.
  • os sufixos gregos: ase, ese, ise e ose.
Exemplos: catequese, metamorfose.
  • as formas verbais pôr e querer.
Exemplos: pôs, pus, quisera, quis, quiseste.
  • nomes derivados de verbos com radicais terminados em d.
Exemplos: aludir - alusão / decidir - decisão / empreender - empresa / difundir - difusão
  • os diminutivos cujos radicais terminam com s
Exemplos: Luís - Luisinho / Rosa - Rosinha / lápis - lapisinho
  • após ditongos
Exemplos: coisa, pausa, pouso
  • em verbos derivados de nomes cujo radical termina com s.
Exemplos: anális(e) + ar - analisar / pesquis(a) + ar - pesquisar
Escreve-se com Z e não com S:
  • os sufixos ez e eza das palavras derivadas de adjetivo
Exemplos: macio - maciez / rico - riqueza
  • os sufixos izar (desde que o radical da palavra de origem não termine com s)
Exemplos: final - finalizar / concreto - concretizar
  • como consoante de ligação se o radical não terminar com s.
Exemplos: pé + inho - pezinho / café + al - cafezal ≠ lápis + inho - lapisinho
O fonema j:
Escreve-se com G e não com J:
  • as palavras de origem grega ou árabe
Exemplos: tigela, girafa, gesso.
  • estrangeirismo, cuja letra G é originária.
Exemplos: sargento, gim.
  • as terminações: agem, igem, ugem, ege, oge (com poucas exceções)
Exemplos: imagem, vertigem, penugem, bege, foge.
Observação
Exceção: pajem
  • as terminações: ágio, égio, ígio, ógio, ugio.
Exemplos: sufrágio, sortilégio, litígio, relógio, refúgio.
  • os verbos terminados em ger e gir.
Exemplos: eleger, mugir.
  • depois da letra "r" com poucas exceções.
Exemplos: emergir, surgir.
  • depois da letra a, desde que não seja radical terminado com j.
Exemplos: ágil, agente.
Escreve-se com J e não com G:
  • as palavras de origem latinas
Exemplos: jeito, majestade, hoje.
  • as palavras de origem árabe, africana ou exótica.
Exemplos: alforje, jibóia, manjerona.
  • as palavras terminada com aje.
Exemplos: laje, ultraje
O fonema ch:
Escreve-se com X e não com CH:
  • as palavras de origem tupi, africana ou exótica.
Exemplo: abacaxi, muxoxo, xucro.
  • as palavras de origem inglesa (sh) e espanhola (J).
Exemplos: xampu, lagartixa.
  • depois de ditongo.
Exemplos: frouxo, feixe.
  • depois de en.
Exemplos: enxurrada, enxoval
Observação:
Exceção: quando a palavra de origem não derive de outra iniciada com ch - Cheio - (enchente)
Escreve-se com CH e não com X:
  • as palavras de origem estrangeira
Exemplos: chave, chumbo, chassi, mochila, espadachim, chope, sanduíche, salsicha.
As letras e e i:
  • os ditongos nasais são escritos com e: mãe, põem. Com i, só o ditongo interno cãibra.
  • os verbos que apresentam infinitivo em -oar, -uar são escritos com e: caçoe, tumultue. Escrevemos com i, os verbos com infinitivo em -air, -oer e -uir: trai, dói, possui.
  • atenção para as palavras que mudam de sentido quando substituímos a grafia e pela grafia i: área (superfície), ária (melodia) / delatar (denunciar), dilatar (expandir) / emergir (vir à tona), imergir (mergulhar) / peão (de estância, que anda a pé), pião (brinquedo).


1. Estão corretamente empregadas as palavras na frase:
a) Receba meus cumprimentos pelo seu aniversário.
b) Ele agiu com muita descrição.
c) O pião conseguiu o primeiro lugar na competição.
d) Ele cantou uma área belíssima.
e) Utilizamos as salas com exatidão.
2. Todas as alternativas são verdadeiras quanto ao emprego da inicial maiúscula, exceto:
a) Nos nomes dos meses quando estiverem nas datas.
b) No começo de período, verso ou alguma citação direta.
c) Nos substantivos próprios de qualquer espécie
d) Nos nomes de fatos históricos dos povos em geral.
e) Nos nomes de escolas de qualquer natureza.
3. Indique a única seqüência em que todas as palavras estão grafadas corretamente:
a) fanatizar - analizar - frizar.
b) fanatisar - paralizar - frisar.
c) banalizar - analisar - paralisar.
d) realisar - analisar - paralizar.
e) utilizar - canalisar - vasamento.
4. A forma dual que apresenta o verbo grafado incorretamente é:
a) hidrólise - hidrolisar.
b) comércio - comercializar.
c) ironia - ironizar.
d) catequese - catequisar.
e) análise - analisar.
5. Quanto ao emprego de iniciais maiúsculas, assinale a alternativa em que não há erro de grafia:
a) A Baía de Guanabara é uma grande obra de arte da Natureza.
b) Na idade média, os povos da América do Sul não tinham laços de amizade com a Europa.
c) Diz um provérbio árabe: "a agulha veste os outros e vive nua."
d) "Chegam os magos do Oriente, com suas dádivas: ouro, incensos e mirra " (Manuel Bandeira).
e) A Avenida Afonso Pena, em Belo Horizonte, foi ornamentada na época de natal.
6. Marque a opção cm que todas as palavras estão grafadas corretamente:
a) enxotar - trouxa - chícara.
b) berinjela - jiló - gipe.
c) passos - discussão - arremesso.
d) certeza - empresa - defeza.
e) nervoso - desafio - atravez.
7. A alternativa que apresenta erro(s) de ortografia é:
a) O experto disse que fora óleo em excesso.
b) O assessor chegou à exaustão.
c) A fartura e a escassez são problemáticas.
d) Assintosamente apareceu enxarcado na sala.
e) Aceso o fogo, uma labareda ascendeu ao céu.
8. Assinale a opção cm que a palavra está incorretamente grafada:
a) duquesa.
b) magestade.
c) gorjeta.
d) francês.
e) estupidez.
9. Dos pares de palavras abaixo, aquele em que a segunda não se escreve com a mesma letra sublinhada na primeira é:
a) vez / reve___ar.
b) propôs / pu__ eram.
c) atrás / retra __ ado.
d) cafezinho/ blu __ inha.
e) esvaziar / e___ tender.
10. Indique o item em que todas as palavras devem ser preenchidas com x:
a) pran__a / en__er / __adrez.
b) fei__e / pi__ar / bre__a.
c) __utar / frou__o / mo__ila.
d) fle__a / en__arcar / li__ar.
e) me__erico / en__ame / bru__a.
11. Todas as palavras estão com a grafia correta, exceto:
a) dejeto.
b) ogeriza.
c) vadear.
d) iminente.
e) vadiar.
12. A alternativa que apresenta palavra grafada incorretamente é:
a) fixação - rendição - paralisação.
b) exceção - discussão - concessão.
c) seção - admissão - distensão.
d) presunção - compreensão - submissão.
e) cessão - cassação - excurção.
13. Assinale a alternativa em que todas as palavras estão grafadas corretamente:
a) analizar - economizar - civilizar.
b) receoso - prazeirosamente - silvícola.
c) tábua - previlégio - marquês.
d) pretencioso - hérnia - majestade.
e) flecha - jeito - ojeriza.
14. Assinale a alternativa em que todas as palavras estão grafadas corretamente:
a) atrasado - princesa - paralisia.
b) poleiro - pagem - descrição.
c) criação - disenteria - impecilho.
d) enxergar - passeiar - pesquisar.
e) batizar - sintetizar - sintonisar.
15. Assinale a alternativa em que todas as palavras estão grafadas corretamente:
a) tijela - oscilação - ascenção.
b) richa - bruxa - bucha.
c) berinjela - lage - majestade.
d) enxada - mixto - bexiga.
e) gasolina - vaso - esplêndido.
16. Marque a única palavra que se escreve sem o h:
a) omeopatia.
b) umidade.
c) umor.
d) erdeiro.
e) iena.
17. (CFS/95) Assinalar o par de palavras parônimas:
a) céu - seu
b) paço - passo
c) eminente - evidente
d) descrição - discrição
18. (CFS/95) Assinalar a alternativa em que todas as palavras devem ser escritas com "j".
a) __irau, __ibóia, __egue
b) gor__eio, privilé__io, pa__em
c) ma__estoso, __esto, __enipapo
d) here__e, tre__eito, berin__ela
19. (CFC/95) Assinalar a alternativa que preenche corretamente as lacunas do seguinte período: "Em _____ plenária, estudou-se a _____ de terras a _____ japoneses."
a) seção - cessão - emigrantes
b) cessão - sessão - imigrantes
c) sessão - secção - emigrantes
d) sessão - cessão - imigrantes
20. (CFC/95) Assinalar a alternativa que apresenta um erro de ortografia:
a) enxofre, exceção, ascensão
b) abóbada, asterisco, assunção
c) despender, previlégio, economizar
d) adivinhar, prazerosamente, beneficente
21. (CFC/95) Assinalar a alternativa que contém um erro de ortografia:
a) beleza, duquesa, francesa
b) estrupar, pretensioso, deslizar
c) esplêndido, meteorologia, hesitar
d) cabeleireiro, consciencioso, manteigueira
22. (CFC/96) Assinalar a alternativa correta quanto à grafia das palavras:
a) atraz - ele trás
b) atrás - ele traz
c) atrás - ele trás
d) atraz - ele traz
23. (CFS/96) Assinalar a palavra graficamente correta:
a) bandeija
b) mendingo
c) irrequieto
d) carangueijo
24. (CESD/97) Assinalar a alternativa que completa as lacunas da frase abaixo, na ordem em que aparecem. "O Brasil de hoje é diferente, _____ os ideais de uma sociedade _____ justa ainda permanecem".
a) mas - mas
b) mais - mas
c) mas - mais
d) mais - mais
25. (CESD/98) Cauda/rabo, calda/açúcar derretido para doce. São, portanto, palavras homônimas. Associe as duas colunas e assinale a alternativa com a seqüência correta.
1 - conserto ( ) valor pago
2 - concerto ( ) juízo claro
3 - censo ( ) reparo
4 - senso ( ) estatística
5 - taxa ( ) pequeno prego
6 - tacha ( ) apresentação musical
a) 5-4-1-3-6-2
b) 5-3-2-1-6-4
c) 4-2-6-1-3-5
d) 1-4-6-5-2-3
26. (CFC/98) Assinalar o par de palavras antônimas:
a) pavor - pânico
b) pânico - susto
c) dignidade - indecoro
d) dignidade - integridade
27. (CFS/97) O antônimo para a expressão "época de estiagem" é:
a) tempo quente
b) tempo de ventania
c) estação chuvosa
d) estação florida
28. (CFS/96) Quanto à sinonímia, associar a coluna da esquerda com a da direita e indicar a seqüência correta.
1 - insigne ( ) ignorante
2 - extático ( ) saliente
3 - insipiente ( ) absorto
4 - proeminente ( ) notável
a) 2-4-3-1
b) 3-4-2-1
c) 4-3-1-2
d) 3-2-4-1
29. (ITA/SP) Em que caso todos os vocábulos são grafados com "x" ?
a) __ícara, __ávena, pi__e, be__iga
b) __enófobo, en__erido, en__erto, __epa
c) li__ar, ta__ativo, sinta__e, bro__e
d) ê__tase, e__torquir, __u__u, __ilrear
1 A / 2 A / 3 C / 4 D / 5 D / 6 C / 7 D / 8 B / 9 D / 10 E / 11 B / 12 E / 13 E / 14 A / 15 E / 16 B / 17 D / 18 A / 19 D / 20 C / 21 B / 22 B / 23 C / 24 C / 25 A / 26 C / 27 C / 28 B / 29 B


















3. Acentuação.

crítica - substantivo
critica - forma verbal
Dentro da língua portuguesa é a pronúncia que permite ao leitor identificar o significado das palavras acima, porque ora damos entonação maior para uma sílaba, ora para outra.
Essa sílaba pronunciada com uma entonação maior recebe o nome de sílaba tônica: -mo-do, quen-te.
A presença da sílaba tônica na língua portuguesa cria os seguintes grupos:
  • palavras oxítonas, a última sílaba é a tônica. São acentuadas, quando terminarem em A, E, O, seguidos ou não de S, E em EM, ENS: caju, japonês, Corum, maracu, ma, Marin, ra, massa, filé, sa, fi, ron, moco, ji, amém, armazém, também, Belém, parabéns, armazéns, nenéns, Iguaçu, caqui, aci.
  • palavras paroxítonas, a penúltima sílaba é a tônica: porta, miudeza, hora.
  • palavras proparoxítonas, antepenúltima sílaba é a tônica: modo, sonâmbulo.
Já os monossílabos são palavras que apresentam apenas uma sílaba. Eles podem ser tônicos ou átonos.
Os monossílabos tônicos apresentam acento próprio, portanto, pronunciado com intensidade (gás, faz). Já os monossílabos átonos não se destacam e estão ligados às palavras mais próximas (o homem, de madeira).

3.1 Regras de acentuação:

Acentuamos os monossílabos tônicos terminados em:
a, as: lá, hás;e, es: pé, mês;o, os: pó, nós.
Acentua-se os oxítonos terminados em:
a, as: Pará, sofás;e, es: jacaré, cafés;o, os: avó, cipós;em, ens: ninguém, armazéns.
As palavras oxítonas terminadas em i, is e u, us; somente serão acentuadas quando formarem hiatos: baú, açaí.
São acentuados os paroxítonos terminados em:
ão(s), ã(s): órfãos, órfãs,ei(s): jóquei, fáceis,i(s): júri, lápis,us: vírus,um, uns: álbum,álbuns,r: revólver,x: tórax,n / nos: hífen, prótons,l: fácil,ps: bíceps
ditongos crescentes seguidos ou não de S: ginásio, mágoa, áreas
São acentuados todos os proparoxítonos: cômodo, lâmpada.
Todos os ditongos abertos, independente da posição de tonicidade, são acentuados:
éi(s): assembléia, anéis,éu(s): chapéu, troféus,ói(s): heróico, heróis
São acentuados I e U, seguidos ou não de S, tônicos e que formam hiato: saúde, egoísmo, juiz, ruim.
Se o I destes casos vier seguido de NH não será acentuado - rainha, tainha
Acentua-se também as primeiras vogais dos hiatos oo e eem, se tônicos - vôo, crêem.
O U dos grupos gue, gui, que, qui se forem tônicos levarão acento: averigúe, averigúes, averigúem, apazigúe, apazigúes, apazigúem, obliqúe, obliqúes, obliqúem, argúi, argúis, argúem.
Já o acento diferencial aparece nas seguintes situações:
ás (substantivo)
às (contração)
pôr (verbo)
por (preposição)
que (pronome, conjunção)
quê (substantivo ou em fim de frase)
porque (advérbio ou conjunção)
porquê (substantivo ou em fim de frase)
pára (verbo)
para (preposição)
pélo, pélas, péla (verbo)
pelo, pelas, pela (preposição + artigo)
péla, pélas (jogo)
pólo, pólos (extremo ou jogo)
pêlo, pêlos (cabelo)
pelo, pelos (preposição = artigo)
pôlo, pôlos (ave)
pôla, pôlas (substantivo - rebento ou broto de árvore)
pola, polas (por + las)
pêra (fruta ou barba)
pera (preposição arcaica)
côa, côas (verbo)
coa, coas (preposição + artigo)
pôde (pretérito perfeito)
pode (presente do indicativo)
Ter e vir na 3ª pessoa plural recebem acento: ele tem, eles têm, ele vem, eles vêm
Observações:
Alguns problemas de acentuação devem-se a vícios de fala ou pronúncia inadequada de algumas palavras.
Nos nomes compostos, considera-se a tonicidade da última palavra para efeito de classificação. As demais palavras que constituem o nome composto são ditas átonas.
Exemplos: couve-flor - oxítona, arco-íris - paroxítona.
Os pronomes oblíquos átonos o/a/os/as podem transformar-se em lo/la/los/las ou no/na/nos/nas em função da terminação verbal. Quando os verbos terminam por R/S/Z ou no caso de mesóclise (R), geram acentuação se a forma verbal (sem o pronome) tiver seu acento justificado por alguma regra.
Exemplos: comprá-la, vendê-los, substituí-lo, comprá-la-íamos ≠ parti-los.

1. Assinale o item em que todas as palavras são acentuadas pela mesma regra de: também, incrível e caráter.
a) alguém, inverossímil, tórax
b) hífen, ninguém, possível
c) têm, anéis, éter
d) há, impossível, crítico
e) pólen, magnólias, nós
2. Assinale a alternativa correta
a) Não se deve colocar acento circunflexo em palavra como avo, bisavo, porque há palavras homógrafas com pronúncia aberta
b) Não se deve colocar acento grave no a do contexto: Fui a cidade
c) Não se deve colocar trema em palavras como tranquilo, linguiça, sequência
d) Não se deve colocar trema em palavras derivadas como avozinho, vovozinho
e) O emprego do trema é facultativo
3. Assinale a alternativa em que pelo menos um vocábulo não seja acentuado:
a) voo, orfão, taxi, balaustre
b) itens, parabens, alguem, tambem
c) tactil, amago, cortex, roi
d) papeis, onix, bau, ambar
e) hifen, cipos, leem, pe
4. Assinale a opção em que as palavras, quanto à acentuação gráfica, estejam agrupadas pelo mesmo motivo gramatical.
a) problemáticos, fácil, álcool
b) já, até, só
c) também, último, análises
d) porém, detêm, experiência
e) país, atribuíram, cocaína
5. "À luz de seu magnífico ______ -de-sol ______ parece uma cidade ______ .
a) por, Itaguaí, tranquila
b) por, Itaguai, tranqila
c) por, Itaguaí, tranqüila
d) pôr, Itaguaí, tranqüila
e) pôr, Itaguai, tranquila
6. Marque item em que necessariamente o vocábulo deve receber acento gráfico:
a) historia
b) ciume
c) amem
d) numero
e) ate
7. São acentuadas graficamente pela mesma razão as palavras da opção:
a) há - até - atrás
b) história - ágeis - você
c) está - até - você
c) ordinário - apólogo - insuportável
c) mágoa - ícone - número
8. Assinale a série cuja acentuação gráfica se justifique da mesma forma que em: baiúca - ônus - apóio.
a) viúvo, ônibus, pastéis
b) vírus, hífen, jibóia
c) centopéia, Garibáldi, caí
d) egoísmo, Quéops, escarcéu
e) lápis - vôlei - girassóis
9. Das alternativas abaixo, aquela em que as demais não se acentuam com base na mesma regra da palavra entre aspas é:
a) "holandês" - anunciá-lo / paletós
b) "desejável" - açúcar / hífen
c) "público" - súbito / álcool
d) "matéria" - glória / idéia
e) "daí" - viúva / sanduíche
10. Em que série nem todas as palavras se acentuam pelo mesmo motivo:
a) juízo, aí, saíste, saúde
b) poética, árabes, lírica, metáfora
c) glória, apóia, série, inócuo
d) réptil, fêmur, contábeis, ímã
e) assembléia, dói, papéis, céu
11. Todas as palavras devem ser acentuadas na alternativa:
a) pudico, pegada, rubrica
b) gratuito, avaro, policromo
c) abdomen, itens, harem
d) magoo, perdoe, ecoa
e) contribuia, atribuimos, caiste
12. O ________ resulta da __________ entre a alga e o fungo.
a) líquen, simbiose
b) liquen, simbiose
c) liquem, simbiose
d) líquen, simbióse
e) líquem, simbióse
13. Assinale o item em que as palavras estão acentuadas segundo a mesma regra:
a) miúdo, pêndulo
b) história, distância
c) pedrês, porém
d) respeitável, pálpebra
e) Lucília, três
14. Há erro(s) de acentuação gráfica em:
a) recém-vindo, decano, refrega
b) pudico, bímano, gratuito
c) inaudito, pegada, zênite
d) íbero, ávaro, levedo
e) filantropo, opimo, aziago
15. Assinale a opção em que todos os vocábulos deveriam estar acentuados graficamente:
a) perdoo, balaustre, bambu
b) itens, assembleia, cafeina
c) tuneis, juri, pessoa
d) aerodromo, estrategia, nectar
e) agape, apoio (subst.), nuvens
16. Por serem proparoxítonos, deveriam estar acentuados os vocábulos da opção:
a) refrega, ibero, decano
b) aziago, pegada, avaro
c) leucocito, alcoolatra, interim
d) inaudito, batavo, erudito
e) rubrica, maquinaria, pudico
17. Qual dentre as palavras abaixo deve ser necessariamente acentuada:
a) ai
b) pais
c) doida
d) sauva
e) saia
18. Assinale a opção em que os vocábulos obedecem à mesma regra de acentuação gráfica:
a) pés, hóspedes
b) sulfúrea, distância
c) fosforecência, provém
d) últimos, terrível
e) satânico, porém
19. Num dos itens abaixo, a acentuação gráfica não está devidamente justificada. Assinale este item:
a) círculo: vocábulo paroxítono
b) além: vocábulo oxítono terminado em -em
c) órgão: vocábulo paroxítono terminado em til
d) dócil: vocábulo paroxítono terminado em -l
e) pôde: acento diferencial


20. Marque a alternativa em que pelo menos um vocábulo não seja acentuado:
a) voo, parabens, hifen, sofas
b) fenix, esplendido, voce, volatil
c) aneis, rubrica, tenis, urubu
d) chama-la, veem, Tamanduatei, tambem
e) cipos, biceps, rape, sauva
21. A alternativa em que somente uma das palavras deve receber acento gráfico é:
a) Luis, patroa, nuvem
b) hifens, item, somente
c) arcaico, itens, caju
d) seduzi-lo, maracatu, cafezal
e) abençoe, saiu, hotel
22. Das palavras abaixo, uma admite duas formas de justificar o acento gráfico:
a) combustível
b) está
c) três
d) países
e) veículos
23. Assinale a alternativa em que a acentuação das palavras se explica pela mesma regra.
a) fábrica, máquina, ímã
b) saúde, egoísta, atribuí-lo
c) môo, pó, vêm
d) quilômetro, cinqüenta, privilégio
e) hífen, médium, álcool
24. Há erro de acentuação em:
a) O repórter havia afirmado que a canoa da República andava órfã.
b) Ontem você não pode vir por água no fogo e souberam disso através dos colegas.
c) Rui vem de ônibus, lê o jornal e sempre procura saber o nome dos partidos que retêm o uso do poder.
d) Ainda não soube do porquê de sua desistência do vôo de ontem
e) "Deus te abençoe" era o grito de pára que acalmava a meninada na hora de dormir.
25. A alternativa em que todas as palavras recebem acento gráfico é:
a) pudico, rubrica, destruido, Piaui
b) campo, polens, hifen, abdomens
c) feiura, pessego, virus, voce
d) salada, camera, tatu, latex
e) item, pudico, gratuito, raiz



26. Qual a seqüência acentuada por terminar em encontro vocálico pronunciado como ditongo crescente?
a) assembléia, caracóis, solidéu e jibóia
b) Tambaú, Camalaú, Tambaí e açaí
c) série, pátio, área e tênue
d) imóveis, pênseis, pudésseis e mísseis
e) bônus, júri, lápis e tênis

27. Assinale a alternativa em que pelo menos um vocábulo não seja acentuado.
a) abençoo, refens, polen, cipos
b) tenis, esplendido, voce, portatil
c) papeis, rubrica, onix, urubu
d) compo-la, leem, Tamanduatei, armazem
e) apos, climax, sape, saude
28. Analisando as palavras: 1. apóiam, 2. bainha, 3. abençoo, notamos que está/estão corretamente grafada(s):
a) apenas a palavra n.º 1
b) apenas a palavra n.º 2
c) apenas a palavra n.º 3
d) todas as palavras
e) n.d.a.
29. Assinale a opção na qual todas as palavras devem ser acentuadas.
a) persegui-lo, candido, benção, estreia
b) espelho, reporter, interim, arguem
c) eletron, fluor, eloquente, abençoe
d) iamos, caiste, vendereis, foramos
e) impar, itens, arguem, apoia
30. Há erro de acentuação num dos conjuntos seguintes:
a) grátis, jibóia, juriti, altruísmo
b) aqui, Nobel, também, rubrica
c) apóio, item, espelho, tênue
d) ávaro, íngreme, trégua, caráter
e) circuito, boêmia, ínterim, Nélson
31. A única alternativa que possui, pelo menos, uma palavra indevidamente acentuada é:
a) fórceps-avícola
b) lábaro-néctar.
c) homília-hieróglifo.
d) ístmo-resfolego
e) bólido-interim.


32. As palavras que são acentuadas tendo em vista a mesma regra de acentuação são;
a) emergências - público.
b) funcionários - obrigatórias.
c) será - ótimo.
d) futebolísticos - fazê-lo.
e) tédio - Constituição.
33. O acento gráfico desempenha a mesma função em:
a) carnaúba e história.
b) petróleo e paciência.
c) jacarandá e lápis.
d) glória e está.
e) mausoléu e líquido.
34. A palavra que pode ser enquadrada em duas diferentes regras de acentuação é:
a) estratégia.
b) abençôo.
c) límpido.
d) refém.
e) pajé.
35. A alternativa em que todas as palavras estão corretamente acentuadas:
a) atraí-los - bíceps - médiuns - vôos.
b) jibóia - pegáda - álbuns - Nobél.
c) três - refém - sôbre - elétrons.
d) gratuíto - têxtil - rubiácea - pélo (verbo).
e) revoem - convêm (singular) - mês - pôr (verbo).
36. A alternativa em que nenhuma palavra possui acento gráfico é:
a) item, polens, rubrica.
b) iras, armazens, tatu.
c) biquini, preto, lapisinho.
d) gratuito, juri, raiz.
e) tematico, uisque, camara.
37. Todas as palavras abaixo admitem dupla prosódia, exceto:
a) acróbata.
b) sóror.
c) íbero.
d) hieróglifo.
e) xérox.
38. A única palavra indevidamente acentuada é:
a) álcali.
b) azáfama.
c) bátega.
d) azíago.
e) crisântemo.
39. Assinale a palavra que não se acentua segundo a regra das demais:
a) também.
b) espécies.
c) início
d) centenárias.
e) mistério.
40. A alternativa que possui duas palavras indevidamente acentuadas é:
a) construí-lo / ruína / hífen / fiéis.
b) álbum / réis / fósseis / tênue.
c) pólo / pára / reféns / atrás.
d) rúbrica / herói / bênção / jóvem.
e) jóquei / mártir / pêlo / vêem.
41. A alternativa em que nenhuma palavra tem acento gráfico é:
a) cadaver-modelo-todo-vezes
b) toda-flui-orgão-fossil
c) governo-juri-juriti-cutis
d) garoa-armazens-polen-caju
e) item-polens-rubrica-erro
42. A alternativa em que todas as palavras têm acento gráfico é:
a) para-brisa - perdoe - enjoo - preveem.
b) pudico - polen - pensil - miudo.
c) ruim - heroina - sutil - interim.
d) xicara - pode(passado) - hifen - pera (substantivo).
e) trofeu - coroneis - afoito - carencia.
1 A / 2 D / 3 B / 4 E / 5 D / 6 B / 7 C / 8 D / 9 D / 10 C / 11 E / 12 A / 13 B / 14 D / 15 D / 16 C / 17 D / 18 B / 19 A / 20 C / 21 A / 22 E / 23 B / 24 B / 25 C / 26 C / 27 C / 28 D / 29 D / 30 D / 31 D / 32 B / 33 B / 34 A / 35 A / 36 A / 37 C / 38 D / 39 A / 40 D / 41 E / 42 D